Outras ações estão sob análise pela equipe econômica além dos R$ 36 bilhões para manutenção de empregos. Uma das medidas elaboradas entre o Ministério da Economia e o Banco Central é a criação de linhas de crédito subsidiadas para as empresas. O ministro da Economia, Paulo Guedes, sinaliza a injeção de até R$ 120 bilhões.
Os créditos seriam tomados por empresários que quiserem complementar a renda dos trabalhadores. Ou seja, algo adicional às políticas que podem ser adotadas nesta sexta, 27. Além disso, está em estudo a dispensa da Certidão Nacional de Débito (CND), que é exigida para a tomada de empréstimos. Na prática, ela permite que empreendimentos que hoje não conseguem contrair financiamentos por alguma dívida de imposto venham a acessar o dinheiro disponibilizado.
As ações podem ficar para depois de 7 de abril. É a data que marca o término da quarentena imposta em São Paulo pelo governador João Doria (PSDB). O governo federal analisa que outros governos estaduais podem anunciar medidas mais flexíveis de isolamento a partir daí. Assim, a expectativa do Ministério da Economia é implementar políticas econômicas após a substituição de um lockdown horizontal para um vertical.
Aluguéis
A meta é propor, a partir daí, um conjunto de medidas necessárias para a retomada da atividade econômica, o que, ainda assim, pode não ser suficiente para conter a destruição de empregos. Outras medidas estão em análise, e não há até o momento um cálculo econômico consolidado de impacto fiscal. Uma das ações previstas é que o governo intervenha em contratos imobiliários e no despejo de empresas por inadimplência, impedindo a cobrança de multas no período.
Há ainda a ideia de suspensão de cobrança de impostos federais para varejistas pelo período de três meses. Basicamente, o governo estuda medidas para garantir o pagamento de salários, vale-transporte dos trabalhadores, água, luz e gás, a fim de assegurar que a cadeia produtiva e de suprimentos flua.