Guto Zacarias denuncia o PCO por exaltar o Hamas

O deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) apresentou uma notícia-crime ao Ministério Público contra o Partido da Causa Operária (PCO) por fazer propaganda para o grupo terrorista Hamas. 

O caso veio à tona depois da circulação de um vídeo em que supostos integrantes da sigla vendem camisetas com mensagens antissemitas e de homenagens aos extremistas. A gravação ocorreu em 12 de março, na Rua Augusta, em São Paulo.

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Na filmagem, um homem que se identifica como Márcio Roberto, supostamente membro da Causa Operária TV — uma mídia que seria ligada ao PCO —, comercializa em uma barraca na rua camisetas que exaltam o Hamas e exibem mensagens antissemitas.

O homem que filma o grupo questiona o que Márcio Roberto fala em seu programa sobre a guerra no Oriente Médio. O militante responde: “Eu falo que o Hamas vai ser vitorioso contra os israelitas”.

“Estou defendendo o Hamas, 1.000% Hamas”, disse o militante. “Os soldados de Israel estão tudo [sic] chorando lá.” Na sequência, outra integrante emendou: “Estão todos usando fraldas”.

Guto denuncia promoção ao grupo terrorista Hamas

Na denúncia, Guto Zacarias argumenta que promover uma organização terrorista e disseminar mensagens de cunho antissemita constitui crime, citando o artigo 20 da Lei 7.716, que trata de crimes de racismo, e o artigo 287 do Código Penal, que aborda a apologia de crime ou criminoso.

“O referido cidadão distribuía e vendia camisetas e outros acessórios de vestuários que continham símbolos e frases que enalteciam o grupo terrorista Hamas e tinham dizeres antissemitas”, escreveu o deputado na denúncia. “Diversos materiais, sob a premissa de se opor ao Estado de Israel, atacavam o povo judeu.”

O parlamentar defendeu a responsabilização dos envolvidos, afirmando que “não podemos normalizar a barbárie, tampouco a romantização da mesma”. Zacarias pediu que o Ministério Público abra uma investigação criminal ou determine à Polícia Civil a instauração de um inquérito para apurar os fatos.

O deputado já havia solicitado anteriormente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do registro do PCO, depois de o presidente nacional da sifla, Rui Costa Pimenta, ter se encontrado com Ismail Haniyeh, líder do Hamas, em Doha, no Catar.