Exigência relacionada à identificação de contas de redes sociais seria inócua na visão do Ministério Público Federal. MPF também sugere supressão de item que exige mediação nas redes
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Em nota técnica divulgada na tarde desta quinta-feira, 25, o Ministério Público Federal (MPF) criticou o projeto de lei das fake news, que está na pauta no Senado. A principal crítica está relacionada à exigência de carteira de identidade e telefone celular do titular para cadastro em contas de redes sociais.
Reação: 47 organizações criticam PL das ‘fake news’
A manifestação, de autoria da Câmara Criminal (2CCR) do MPF, foi encaminhada ao Senado. No material, o Ministério Público sugere ajustes ou mesmo a retirada de vários itens da lei das fake news. O documento esclarece que as exclusões e acréscimos indicados visam à “melhor harmonização com a legislação interna e internacional vigentes”.
No que tange à exigência de identificação das contas, a Câmara Criminal afirma que a “exigência de documentação para a criação de contas em redes sociais encontra inúmeros obstáculos de ordem jurídica e prática”. “A exigência mostra-se inadequada para atingir o fim pretendido. A exigência de apresentação de documento para o cadastro e abertura de contas não impede a utilização de documentos falsos ou informações de terceiros”, aponta o MPF no documento.
Retirada de conteúdo impróprio
Outra consideração feita pelo Ministério Público é a necessidade de procedimento de mediação para a retirada de conteúdo considerado criminoso, como arquivos contendo pornografia infantil ou anúncios de venda de drogas. O documento trouxe objeções ainda à exigência de bancos de dados (data centers) no Brasil e ao risco de um cerceamento inconstitucional da liberdade de expressão ao dispor sobre a degradação ou ridicularização de candidatos nas eleições.
Quanto à moderação para retirar conteúdo claramente criminoso, o MPF avaliou ser inconveniente o procedimento de mediação, por mais que os termos dos serviços das prestadoras já contemplem a exclusão de conteúdo. Nessa hipótese, o MPF propôs a obrigação de publicar a decisão de retirada do conteúdo, com a explanação clara dos motivos. “Entende-se necessária tal medida para que o usuário tenha pleno conhecimento dos motivos e também como forma de orientação para o futuro”, atesta a nota técnica do Ministério Público.
Confira na íntegra a nota técnica do MPF encaminhada ao Senado
Com informações do MPF
Eles estão se lixando para legalidade, vide inquérito mula-sem-cabeça do STF, querem é silenciar a comunicação interpessoal e a critica em redes e devolver o monopólio da “verdade” e da mentira, essa sem aspas, à imprensa fisiológica.
Concordo, engaveta essa estrovenga, que só serve para mais confusão!
TRADUÇÃO SIMULTÂNEA: Engaveta esta porcaria de PL senador Alessandro Vieira!!
Parabéns MP, só isso!