O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que o Senado “precisa do apoio da população” para a abertura do processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deu a declaração durante o Jornal da Oeste, nesta terça-feira, 20.
“Está um clima propício para o impeachment”, disse Girão. “A população precisa chegar junto. Precisamos da população, porque as grandes mudanças deste país ocorreram nas ruas. O político respeita a pressão externa, de fora para dentro do Congresso, porque muitos deles pensam na reeleição. A pressão da população vai ser decisiva para a gente dar um freio nas decisões do Supremo.”
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Girão contou que conversou com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o pedido de impeachment. O chefe do Legislativo chegou a dizer que iria estudar o assunto, mas depois declarou à imprensa que nenhum processo contra Moraes iria fluir.
“Conheço como funcionam as coisas no Congresso”, afirmou Girão. “Estou há cinco anos, e, se tem uma coisa que qualquer político respeita, é um povo organizado que sabe se manifestar. A pressão está aumentando, e não é só da oposição. No dia da coletiva de imprensa sobre o pedido de impeachment foram vistos vários partidos que são da base do governo.”
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Um novo pedido de impeachment deve ser protocolado pela oposição no Senado Federal, em 9 de setembro. A medida ocorre depois que reportagens do jornal Folha de S.Paulo revelaram que Alexandre de Moraes utilizou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma ilegal para abastecer inquéritos no STF.
Eduardo Girão defende abaixo-assinado contra Alexandre de Moraes
No Jornal da Oeste, o senador Eduardo Girão ainda defendeu o abaixo-assinado pela abertura do pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. Ele informou que os senadores devem entregar as assinaturas junto do pedido depois da próxima manifestação popular contra o ministro, que deve ocorrer no 7 de Setembro.
“As pessoas estão entendendo que a gente vive uma ditadura, e isso não é bom para a democracia”, disse Girão. “Precisamos da volta da democracia por meio do reequilíbrio dos Três Poderes da República. Porque temos o Supremo mandando e desmandando no Brasil e um Senado acovardado, que se aproxima do bicentenário. Não tem data mais propícia para que o Senado cumpra o seu dever na República.”
Confira a entrevista completa de Eduardo Girão ao Jornal da Oeste, disponível no canal da Revista Oeste no YouTube. Apresentado por Vitor Brown, o programa é transmitido de segunda-feira a sexta-feira, a partir das 16h.
Não vai ser fácil retomar o poder, enquanto vocês de direita jogaram dentro das quatro linhas, eles dá esquerda rasgaram a constituição do Brasil, agora não vai ser pelos trâmites legais que serão derrotados, vocês estão lhe dando com bandidos!
Um dos poucos Senadores que realmente luta a favor do povo. Pena ser minoria absoluta no Congresso… E do jeito que esse “consórcio” formado pela: Justiça partidária e parcial, imprensa velha comprada, Executivo de ladrões e Congresso mercenário, todos se protegendo e perseguindo pessoas de Direita e de bem, tudo pelo $$$ dos impostos e se manterem nesse sistema de poder, dificilmente mudará… O povo já se manifestou muito, mas resultado foi até mais perseguições, prisões e condenações injustas… ¡Bienvenidos a Brasinezuela!
Se o povo for para as ruas o que o senado fará em contrapartida? O senado não faz sua parte. É uma casa de covardes, reféns do STF .
Esse congresso tá precisando é de tomar vergonha na cara.
Senador, com todo respeito, pode fazer abaixo-assinado e manifestação. Nada vai mudar.
O Pacheco está blindado pelo STF que hoje tem a caneta e o poder de polícia no país. Este abaixo-assinado, por exe., pode ter 50Milhões de assinaturas, ele vai levar para o banheiro e o resto já sabemos…
O fato é que a população é inerte, omissa, preguiçosa, desinteressada, etc.. A petição que está no site da Change org está capengando, dá a impressão que se chegar a um milhão de assinaturas não irá muito além disso, ninguém está interessado. Acho que estão esperando para ver se alguém de fora do país faça alguma coisa.