Imagens obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo dos protestos de 8 de janeiro em Brasília mostram agentes da Força Nacional no saguão de entrada do Palácio da Justiça, prédio que abriga o ministério comandado por Flávio Dino. Os vídeos, encaminhados pela Polícia Federal à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, foram divulgados nesta terça-feira,15.
As imagens foram gravadas por dois equipamentos. Uma das câmeras mostra o interior do Salão Negro do Palácio da Justiça, a entrada principal por onde o público acessa os elevadores, mas longe da entrada privativa do ministro. A outra câmera mostra a passagem dos manifestantes pela Esplanada dos Ministérios, e alguns poucos agentes de segurança a postos.
As imagens mostram, no Salão Negro do Palácio, a movimentação de alguns agentes da Força Nacional a partir das 16 horas, quando a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes estava no auge.
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Até mesmo policiais militares entraram no Palácio da Justiça e passaram alguns minutos sentados no hall antes de retornar à área externa para conter a multidão. As imagens não permitem, no entanto, quantificar quantos agentes da Força Nacional estavam à disposição no Ministério da Justiça.
Comandada pelo Ministério da Justiça, a Força Nacional é formada por um efetivo variável de policiais militares emprestados por governos estaduais, mas é uma equipe menor do que a tropa da Polícia Militar do Distrito Federal.
As imagens mostram, ainda, que enquanto a depredação ocorria, homens da Força Nacional montaram três barreiras para bloquear tanto a entrada principal do Ministério da Justiça quanto as passagens laterais que dão acesso ao anexo e ao estacionamento privativo do ministro Dino. Os agentes ainda chegaram a posicionar viaturas em frente ao Palácio para impedir a aproximação dos manifestantes.
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Nas gravações das câmeras do Ministério da Justiça também é possível observar que a rotação da câmera externa foi manejada por funcionários da pasta em alguns momentos, com o objetivo de registrar determinados eventos com mais proximidade.
A entrega dos vídeos do Palácio da Justiça foi aprovada pela CPMI em 11 de julho. Dino negou acesso dos deputados e senadores ao material sob o argumento de que não poderia ser divulgado para não violar o sigilo de investigações criminais em andamento no STF.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), chegou a dar 48 horas para que Dino entregasse as imagens, ou o desrespeito à comissão motivaria recurso ao STF. Em resposta à pressão, o próprio Dino pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no STF, para compartilhar os vídeos sem violar o inquérito em curso na Corte. Na última segunda-feira, 7, Moraes autorizou o envio das imagens à CPMI por Dino. O ministro disse que o eventual sigilo das imagens ficaria a critério da CPMI.
O Ministério da Justiça ainda não informou se existem outras imagens além das enviadas para a CPMI.
E o monte de banha no seu gabinete assistindo de camarote e tendo orgasmos.
Que algo de muito grave e nada republicano aconteceu naquele dia, é claro para todos os que têm neurônios saudáveis. O grande problema é encontrar recursos confiáveis para desvendarmos esse mistério tão mal cheiroso.
Olá,
Vcs estão se referindo as pessoas que participaram do dia 08/01 como golpistas? (Final do sexto parágrafo).
“Os agentes ainda chegaram…para impedir aproximação dos golpistas”
Gpistas é isso ? Revista Oeste o que acontece com vocês ,?