Líder da oposição critica viagem de Janja à Itália

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), veio a público criticar a mais recente viagem internacional da primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, bem como a destinação dos recursos públicos empregados. Neste domingo, 9, a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou rumo à Itália.

Zucco destaca que a atuação de Janja se assemelha à de um chefe de Estado, ignorando os limites constitucionais. “Enquanto primeira-dama, ela, de forma sigilosa, utiliza hotéis de luxo e restaurantes de alto padrão em suas viagens internacionais.”

Investigações mostram que, além dos gastos na viagem atual, outros custos associados à primeira-dama têm sido significativos. Dados reforçam, por exemplo que a assessoria de Janja tem um custo de R$ 160 milhões mensais. Além disso, a viagem ao Catar custou R$ 283,3 mil, enquanto a ida para Paris, durante os Jogos Olímpicos do ano passado, custou R$ 236 mil aos cofres públicos.

Outras despesas, compartilhadas com o presidente Lula, incluem uma viagem à Índia, estimada em R$ 1 milhão, e uma hospedagem em hotel de luxo em Brasília, que custou aos cofres públicos R$ 108 mil.

Viagens de Janja possibilitariam compra de 5 mil cestas básicas

Zucco estima, utilizando como referência o custo de uma cesta básica, inserido em R$ 800, que o valor mensal da assessoria da primeira-dama equivale à aquisição de 200 cestas básicas. “Desde o início do governo, os gastos relacionados à primeira-dama possibilitaram a compra de, no mínimo, 5 mil cestas.”

“Considerando que o tempo médio de trabalho para adquirir uma cesta básica é de 116 horas, apenas o custo da assessoria corresponde a mais de 23 mil horas de trabalho dos cidadãos de baixa renda”, complementa o líder da oposição na Câmara.

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De forma conservadora e sem incluir outros valores apontados por instrumentos de apuração, como o “Janjômetro” do deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), os custos totais atribuídos a Janja somariam o equivalente a 6,7 mil cestas básicas e mais de 780 mil horas de quem recebe salário mínimo.