O MDB de São Paulo moveu uma ação contra Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL à prefeitura da capital, por disseminação de fake news contra o prefeito Ricardo Nunes, que buscará a reeleição pelo partido. A Justiça Eleitoral aceitou o pedido e ordenou, na tarde desta terça-feira, 14, que Boulos retire as postagens de suas plataformas digitais.
As postagens de Boulos que devem ser retiradas por ordem do Tribunal Superior Eleitoral insinuam que o prefeito da capital não geriu adequadamente o orçamento da Educação, o que poderia prejudicar sua elegibilidade.
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Reincidente
Uma resolução do TSE proíbe o uso de notícias falsas ou descontextualizadas para influenciar as eleições, tanto na pré-campanha quanto na campanha eleitoral.
Esta não é a primeira vez que o TSE manda Boulos retirar postagens por fake News este ano. Em março, a justiça determinou que o representante da extrema-esquerda apagasse uma publicação que mostrava uma pesquisa eleitoral irregular.
A defesa de Nunes
O advogado Ricardo Vita Porto, representante do MDB, afirmou que Nunes não é réu em nenhuma ação sobre o assunto e que suas contas não foram rejeitadas por órgãos fiscalizadores. Ele chamou as afirmações de Boulos sobre a inelegibilidade do prefeito de São Paulo de “absolutamente mentirosas”.
O juiz da 2ª Zona Eleitoral deferiu a liminar com a ordem para que a empresa Meta, responsável pelo Instagram e Facebook, remova as publicações relacionadas ao tema em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. O prazo expira na tarde desta quinta-feira, 16.
A fala de Boulos
Durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube e redes sociais na quinta-feira, 9, Boulos acusou Nunes de “pedalada” na Educação. O psolista citou números inconsistentes, o que pode confundir o eleitor sobre a aplicação do orçamento, conforme a assessoria de Nunes.
O presidente do MDB de São Paulo, Enrico Misasi, classificou as acusações como “irresponsáveis” e lembrou que foi durante o governo de Marta Suplicy (PT) como prefeita de São Paulo que os recursos da Educação foram reduzidos de 30% para 25%.
Misasi também destacou que o termo “pedalada” seria mais adequado para Dilma Rousseff (PT), aliada de Boulos, e sugeriu que o pré-candidato do PSOL não entende de administração.
“Convenhamos: quem tem experiência em ‘pedalada’ é Dilma, aliada de Boulos”, disse Misasi. “Numa única tacada, Boulos conseguiu relembrar que Marta diminuiu a verba da Educação, que Dilma deu ‘pedalada’, e avisar todo o mundo que não entende nada de gestão, nem de conta.”
Marta Suplicy retornou ao PT após 9 anos afastada do partido e é pré-candidata à prefeitura de São Paulo na chapa de Guilherme Boulos.
É um debochado inconsequente.
Boulus é um lixo, mas é do jogo apontar possíveis desvios. É opinião, pode proceder e ir adiante, inclusive ensejando processos legais, ou pode ser refutada. A justiça eleitoral não deve ficar se intrometendo em minúcias. Digo isso com base nas informações da matéria, sem ter visto a publicação em si.