A Justiça de São Paulo pediu a quebra do sigilo bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
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A Justiça de São Paulo determinou, nesta quinta-feira, 11, a quebra do sigilo bancário do escritório de advocacia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A medida também se estende a de Salles, Diva Carvalho de Aquino.
A decisão do juiz Marcos de Lima Porta se dá no âmbito de um inquérito civil da Promotoria do Patrimônio Público de São Paulo. A ação apura suposto enriquecimento ilícito de Salles, no período em que chefiou a Secretaria de Meio Ambiente do governo Geraldo Alckmin (PSDB), entre os anos de 2013 a 2017.
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Segundo o Ministério Público, o ministro movimentou, entre 2012 e 2017, R$ 2,8 milhões. Estas movimentações teriam ocorrido da conta de seu escritório de advocacia, Carvalho de Aquino e Salles Advogados, para sua conta pessoal em 58 transações.
Considerando apenas o período em que integrou o governo de São Paulo, o valor é de R$ 2,75 milhões. Conforme o MP, os valores declarados pelo ministro no Imposto de Renda não são correspondentes às transações financeiras executadas por Salles neste período.
Na declaração feita à Justiça Eleitoral em 2012, quando foi candidato a vereador, Salles informou possuir R$ 1,4 milhão em bens. Conforme a declaração, o montante era composto por aplicações financeiras, 10% de um apartamento, um carro e uma moto.
Em 2018, o então candidato a deputado federal pelo partido Novo, informou à Justiça possuir dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco de R$ 500 mil. Portanto, uma alta de 335% em cinco anos, corrigidos os valores pela inflação.
Outro lado
Em nota, Ricardo Salles afirmou que todos os gastos estão a disposição da Justiça e que a investigação irá concluir que não há nada de irregular em suas contas.