Presidente do partido quer deputada fora da legenda o mais rápido possível
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, avisou aos integrantes da cúpula do partido que não quer mais a deputada federal Flordelis (RJ) nos quadros da sigla. Ela é ré pela acusação de encomendar o assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, à bala em 2019 — antes, segundo as investigações, havia tentado envenená-lo com arsênico.
Oficialmente, o ex-prefeito de São Paulo divulgou nota em que informa a suspensão da parlamentar da legenda. “O PSD esclarece que desde o início acompanhou o caso citado e defendeu o andamento e aprofundamentos das investigações. Diante do indiciamento da parlamentar, o corpo jurídico do partido adotará as medidas para a suspensão imediata de sua filiação e, a partir dos desdobramentos perante a Justiça, serão adotadas as medidas estatutárias para a expulsão da parlamentar dos seus quadros”, diz o texto.
Integrantes do comando do partido, contudo, afirmam que a presença dela é insustentável e que Kassab já determinou sua expulsão.
Prisões
Nesta segunda-feira, 24, a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou a Operação Lucas 12. Os agentes cumprem nove mandados de prisão e outros 17 de busca e apreensão em território fluminense e no Distrito Federal. Cinco filhos da parlamentar foram presos.
Flordelis vai responder por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima —, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Pelo envenenamento, responderá por tentativa de homicídio. De acordo com a Justiça, o pastor foi morto por questões financeiras. Contudo, apesar das acusações contra ela, a deputada federal não pode ser presa em razão da imunidade parlamentar — o chamado foro privilegiado.