Júlio Lopes teria usado o próprio cargo para receber vantagens financeiras ilícitas da Odebrecht
A Polícia Federal iniciou nesta segunda-feira, 7, a Operação Fim do Túnel, desdobramento da Lava Jato. Agora, agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão na capital fluminense, sendo um deles contra Júlio Lopes, ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro na gestão de Sérgio Cabral (MDB). Conforme o Ministério Público Federal (MPF), entre 29 de junho de 2010 e 4 de novembro de 2014, Lopes utilizou o próprio cargo para solicitar vantagem indevida no valor de R$ 6,4 milhões. A quantia teria sido paga pela Odebrecht.
Em troca, Lopes teria facilitado a contratação da empreiteira para executar as obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro. Entre 25 de julho de 2010 e março de 2015, o ex-secretário supostamente aceitou vantagem indevida de R$ 7,6 milhões, paga pela Fetranspor, em relação ao ressarcimento dos valores do Bilhete Único para as empresas. O MPF ainda aponta outra linha de investigação: quando deputado, entre 2016 e 2017, Lopes teria recebido três parcelas de R$ 250 mil de uma empresa de saúde para exercer influência no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
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Ótimo ver que a Lava Jato continua trabalhando.