O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão externa para apurar a crise humanitária dos indígenas ianomâmis no Norte do país. Presidido pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), o colegiado é composto, em maioria, de parlamentares de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Oeste, Fernanda explicou que a ideia é direcionar os trabalhos da comissão para a região, pois a crise que afeta os indígenas é grave, mas parece que “foi esquecida”. A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) é cotada como relatora da comissão. Ainda não há data para o início dos trabalhos.
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A criação da comissão foi assinada na segunda-feira 13, mas só foi publicada no Diário Oficial da Casa nesta terça-feira, 14. O grupo contará com a participação de outros 14 deputados, sendo do PL, do União Brasil, do MDB e do Republicanos. Oficialmente, apenas o PL declara ser oposição ao governo. Os demais partidos dizem ser “independentes”, apesar de terem ministérios na Esplanada.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o número de mortes da população indígena era usado por partidos ligados a esquerda para criticar o Executivo. Contudo, no governo 3 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva as mortes continuaram, sendo usadas pela direita para atacar a gestão.
Como mostrou Oeste, o número de mortes de ianomâmis aumentou em 2023, no primeiro ano de governo Lula. Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação mostram que 345 indígenas dessa etnia morreram no ano passado, contra 343 em 2022.