Dissidência de petistas históricos, com apoio à chapa de Boulos e Erundina, fez partido antecipar pedido de bênção de candidato ao ex-presidente
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Foto: Montagem/Revista Oeste
O Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo quer antecipar a entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Jilmar Tatto à prefeitura para conter a onda de declarações de apoio de petistas à candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina, do Psol.
Na semana passada, artistas e intelectuais ligados ao partido, como o compositor Chico Buarque de Holanda e a filósofa Marilena Chauí, assinaram um manifesto de apoio a Boulos. Ontem, segunda-feira 10, foi a vez do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. Filiado ao PT, o ex-ministro de Lula aderiu à candidatura de Boulos.
Em conversas privadas, correligionários da legenda admitem que esse tipo de manifestação, embora não tenha impacto eleitoral direto (Amorim e Chico, por exemplo, votam no Rio), pode dificultar o apoio ao petista junto à classe média, abrir espaço para outras deserções e tornar ainda mais fraca a candidatura já sem expressão de Tatto.
Escolhido com apenas 15 votos de vantagem sobre o deputado Alexandre Padilha em um colégio de mais de 600 votantes, ele entrou na disputa fragilizado e sua candidatura foi questionada internamente desde o primeiro momento.
Por isso, o candidato deve ir até Lula nos próximos dias para pedir pessoalmente a bênção do ex-presidente. O plano inicial de Lula é dedicar-se às eleições municipais apenas a partir de setembro, quando oficialmente começa o calendário eleitoral. Na semana passada, o petista não participou de ato de lançamento do site oficial da campanha de Tatto.
Lula preferia outro nome para disputar a eleição, mas não teve força para impedir a escolha do ex-vereador.
O candidato tem se esforçado nas últimas semanas para reunificar o partido. Levou o ex-prefeito Fernando Haddad e seus adversários na disputa interna Alexandre Padilha e José Américo (que apoiou o deputado federal Carlos Zarattini) para a coordenação de campanha.
Até o fim da semana um grupo de artistas de São Paulo deve lançar um manifesto de apoio a Tatto. Nenhum nome de peso, porém, está no grupo.
Que mal o Jilmar fez ao Lula?
Vai dobrar os votos ,de 1por cento, pra dois por cento.