O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma reunião no Palácio do Planalto e ofereceu o governo federal para ser o intermediador de uma solução para o caso do colapso da mina 18 da Braskem, em Maceió.
Estiveram presentes com o presidente os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Rodrigo Cunha (Podemos-AL), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). A reunião durou três horas.
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Temor com a CPI da Braskem
As discussões entre os grupos de Calheiros e Lira no encontro acabaram expondo o maior temor do governo e do presidente da Câmara – de que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem tome rumo sobre outros temas referentes à petroquímica e ameace politicamente Lira e petistas do Nordeste, como Rui Costa e Jaques Wagner, além de aliados da empresa na Bahia.
Segundo reportagem do jornal O Globo, participantes da reunião relataram que, em mais de um momento, essa possibilidade foi levantada tanto por Lira como por Costa, que afirmou estar preocupado com o impacto da CPI sobre a Petrobras, que possui 36% das ações da Braskem.
Lira não deseja que Calheiros, seu adversário histórico em Alagoas, o arraste para as apurações da CPI.
Interesses
O objetivo da comissão é apurar como está sendo gasto o dinheiro já pago pela Braskem em indenizações, principalmente o do acordo que a petroquímica o do acordo que a petroquímica fechou com a prefeitura para pagar R$ 1,7 bilhão.
Aliado de Lira, o prefeito João Henrique Caldas vai receber o dinheiro até o final de 2024, que é ano eleitoral.
O fato de os adversários terem todo esse recurso à disposição na prefeitura no ano que vem preocupa o grupo do governador Paulo Dantas, que é aliado de Calheiros e ainda não conseguiu fechar acordo com a Braskem.
O governo de Alagoas afirma ter tido prejuízo de pelo menos R$ 35 bilhões só em arrecadação de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e quer reparação desse valor.
Tanto Lira como Lula mencionaram ao longo da discussão o temor de que a CPI descambe para outros temas, o que levou Calheiros a dizer que garantia que seu único objetivo era apurar o caso da capital alagoana.
Mas o fato da comissão poder convocar o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, o prefeito de Maceió e outros políticos e empresários influentes envolvidos nas obras de reparação dos danos da capital alagoana já seria suficiente para incomodar envolvidos em torno de Lula, Calheiros e Lira.
O governo ainda vai precisar da boa vontade de Lira ao longo de 2024. Mesmo com o esforço de Lula, a CPI da Braskem foi instalada com um aliado de Calheiros na presidência, o senador Omar Aziz (PSD-AM).
A comissão deve começar a ouvir seus primeiros depoentes em fevereiro. Porém, poderá elaborar e apresentar um plano de trabalho e incomodar bastante o governo e o presidente da Câmara.
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O problema real é a Braskem (Petrobras, Novonor – ex-Odebrecht – e outros acionistas), que afeta os brasileiros com ou sem preferências políticas. Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras detém 97% do capital da empresa. O afundamento de bairros de Maceió é mais uma razão para censurar a Internet e cadastrar os proprietários de enxadas, picaretas, enxadões, pás e similares. A Braskem é apenas vítima da sociedade.
Vai ser um compra-e-venda daqueles…!
Que pode sair de um saco de gatos nordestinos que inclui politicos de especie que ja nao deviamos mais aceitar no Brasil. Como sempre, CPI no Brasil so serve para, liberaçao de verbas extras para calar a boca dos afetados.
Pais de instituiçoes e politicos asquerosos.