Lula fala em disputar reeleição para impedir volta de 'trogloditas' ao poder

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu, nesta terça-feira, 18, a possibilidade de disputar a reeleição ao cargo, nas eleições de 2026. Em entrevista à rádio CBN, que pertence ao Grupo Globo, Lula disse que essa não é a prioridade no momento, mas pode ser o nome do partido para impedir a volta de “trogloditas” ao poder. Confira vídeo abaixo.

Em outubro de 2026, mês do pleito nacional, o petista estará prestes a completar 81 anos. Sobre isso, ele afirmou que terá de “medir o estado de saúde e resistência física”. Antes de tudo, porém, Lula afirmou que “há muita gente boa para ser candidato” e que, com apenas um ano e meio de mandato, não quer pensar em reeleição. 

“Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar”, disse Lula. “Pode ficar certo que meus 80 anos virarão 40, e eu poderei ser candidato.”

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Além disso, o petista, sem citar nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, colocou a responsabilidade com o Brasil em primeiro lugar. Isso porque, segundo ele, não vai permitir que o governo caia nas mãos do “fascismo” e do “negacionismo”. 

“Não é a primeira hipótese [a reeleição]”, afirmou Lula. “Vamos ter que pensar muito, eu sei que eu vou estar com 80 anos. Tenho que medir qual é o meu estado de saúde, qual é a minha resistência física. Quero ter responsabilidade com o Brasil. Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista e negacionista, como nós já tivemos.”

As reeleições de Lula

Depois do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil, de 2003 a 2006, o petista disputou mais duas eleições nacionais. 

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Em 2006, Lula foi eleito para a reeleição no segundo turno com ampla margem, contra Geraldo Alckmin — hoje, seu vice-presidente. O petista obteve 60,83% dos votos válidos, contra 39,17% do, até então, tucano. 

Já em 2022, ao lado de Alckmin, Lula tentou seu terceiro mandato à frente do maior cargo do Poder Executivo, contra a chapa de Jair Bolsonaro e Braga Netto. Em resultado mais apertado, a dupla de esquerda venceu a de direita, com 50,90% dos votos válidos.