O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira, 21, de um compromisso oficial ao lado do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que foi indicado pela Polícia Federal (PF) por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na semana passada.
O encontro será em São Luís, capital do Maranhão, reduto político de Juscelino Filho. Depois do indiciamento, Lula disse que se reuniria com o ministro para decidir o seu futuro no governo, mas o encontro não ocorreu.
Na quarta-feira 12, a PF finalizou as investigações sobre desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A conclusão do inquérito foi a imputação dos supostos crimes cometidos por Juscelino.
No mesmo dia, Lula disse a jornalistas em Genebra, na Suíça, que o ministro das Comunicações tem o direito de “provar que é inocente”. O presidente anunciou ainda que iria conversar com Juscelino na última quinta-feira, 17, por telefone, o que também não foi concretizado.
Na quinta-feira 20, Juscelino fez uma postagem nas redes sociais na qual anuncia o encontro com Lula.
Nesta sexta-feira estarei com o presidente @LulaOficial em São Luís (MA). Vamos anunciar uma série de obras e ações, em várias áreas. Os maranhenses contam com atenção especial do nosso governo, e seguiremos trabalhando na construção de um estado e um Brasil melhores para todos. pic.twitter.com/J6ouhVqw2n
— Juscelino Filho (@DepJuscelino) June 20, 2024
Segundo o Planalto, o encontro de Lula com Juscelino será feito para o “anúncio de obras e ações do governo federal em vários setores”.
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Ministro de Lula foi indiciado por corrupção e outros 4 crimes
O ministro Juscelino Filho foi indiciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação. O indiciamento ocorreu em razão das investigações iniciadas em setembro de 2023 pela Operação Benesse. Na ocasião, a PF mirou a irmã de Juscelino, a prefeita afastada de Vitorino Freire (MA) Luanna Rezende. Naquela época, a corporação chegou a solicitar buscas contra Juscelino Filho ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, mas a solicitação foi negada.
Em janeiro do ano passado, Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões de emendas do relator para a Prefeitura de Vitorino Freire asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, no município maranhense. A pedido de Juscelino, durante seu mandato como deputado federal pelo União Brasil, os recursos foram parar na prefeitura da irmã.
Ao menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro ganharam mais de R$ 36 milhões em contratos com a Prefeitura de Vitorino Freire.
Em maio, uma auditoria interna da Codevasf concluiu que houve irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire com recursos indicados por Juscelino Filho. A conclusão se deu depois da análise de dois contratos que totalizam R$ 9 milhões e tratam da estrada do ministro e outras ruas da cidade maranhense. A auditoria também constatou pagamentos indevidos para empresa contratada para as obras.
Em nota, o ministro alega que a investigação “cria uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”. “É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, diz o ministro em nota.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
Corruptos se entendem.
Já pensaram n o dilema e das dificuldades de um criminosos chamar atenção de um colega e parceiro?
Que dupla!
Mais dinheiro para o Debochado Ladrãozinho.