O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), refuta qualquer argumento de que possa ter demorado a tomar alguma providência efetiva no combate ao coronavírus. Em conversas, tanto ele quanto aliados e interlocutores ressaltam que o Senado e a Câmara foram o primeiro poder da República a tomar alguma atitude para proteger trabalhadores da infecção e propagação do coronavírus.
Oeste publicou nesta sexta, 20, que alguns servidores não descartam ingressar com ação civil pública contra o demista por não fechar a Casa nem adotar outra medida considerada por eles mais enérgica. Contudo, Maia e as pessoas mais próximas discordam. Lembram, inclusive, que a primeira ação adotada se deu em 11 de março.
Em 10 de março, disse ao portal Oeste um parlamentar aliado de Maia, sob condição de anonimidade, que o presidente Jair Bolsonaro afirmou a empresários em um evento em Miami que “a questão do coronavírus não é isso tudo que a grande mídia propaga”. E acrescentou que “muito do que tem ali é muito mais fantasia”.
Medidas
O congressista recorda ainda que, em 7 de março, em Roraima, antes de embarcar para os Estados Unidos, Bolsonaro estimulou a população a sair às ruas em 15 de março. A data ficou marcada por manifestações em apoio ao governo — com direito a críticas ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
As primeiras medidas adotadas pelas duas casas do Congresso restringiam, a partir de 11 de março, a entrada apenas a congressistas, servidores, terceirizados, jornalistas, assessores de entidades e órgãos públicos, representantes de instituições de âmbito nacional, estagiários, menores aprendizes, participantes do programa Pró-Adolescente e demais colaboradores da Câmara. Todos sob a condição de estar previamente credenciados. (Veja abaixo)
Defesa
Por conta dessa antecipação, em um momento em que Bolsonaro desdenhava da propagação do coronavírus e ainda não havia tomado decisão alguma para o enfrentamento do coronavírus, o aliado de Maia discorda de que o presidente da Câmara demorou a reagir.
“Mesmo com toda essa mídia negativa produzida pelo presidente da República, o Rodrigo ainda teve colhões de botar restrições no dia 11, quatro dias antes das manifestações. Com a possibilidade de críticas pesadas contra ele de pessoas que poderiam achar que ele queria, na verdade, enfraquecer as manifestações [de 15 de março]”, defendeu o parlamentar.
DCD 29 A de 2020 – EDIÇÃO EXTRA A.pdf.pdf.pdf by Revista Oeste on Scribd
Ignorar as graves consequências dessa pandemia foi um erro grave dos três poderes. Bolsonaro, no afã de proteger empregos e economia, se equivocou totalmente nas palavras e nas ações (por fim será cobrado por questões econômicas e saúde somadas). O congresso, com seus ‘estadistas de compota’ olharam tanto para o que o Bolsonaro fazia que acabaram tropeçando nas próprias acusações. Foram a uma festa para 1300 pessoas promovida pela CNN, que também não se enxerga, e todos agora se negam assumir suas responsabilidades. Fato é que o povo vai pagar caro (e também vai cobrar caro) pelas barberagens desses senhores todos.