Mais da metade dos brasileiros considera governo Lula ruim ou péssimo, informa pesquisa

Uma pesquisa realizada pela AtlasIntel/Bloomberg revelou que 50,8% dos brasileiros consideram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ruim ou péssimo, um aumento em relação aos 46,5% registrados em janeiro.

Apenas 37,6% avaliam a administração como ótima ou boa, e 11,3% a consideram regular. Além disso, 0,4% dos entrevistados não souberam opinar.

Quando comparado à gestão de Jair Bolsonaro (PL), 49,4% dos entrevistados acreditam que o governo atual é pior, enquanto 48,9% veem uma melhora, configurando um empate técnico devido à margem de erro. Apenas 1,7% dos participantes não souberam ou não quiseram comparar os governos.

Desempenho pessoal e áreas de melhora

A desaprovação do desempenho pessoal do presidente Lula subiu para 53%, em comparação aos 51,4% anteriores. A aprovação manteve-se praticamente estável, em 45,7%.

A pesquisa foi realizada com 5.710 brasileiros adultos entre os dias 24 e 27 de fevereiro, com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 1 ponto porcentual para mais ou para menos.

O levantamento também destacou as áreas em que o governo Lula é visto de forma mais positiva em comparação ao de Bolsonaro. Em moradia, 50% dos entrevistados enxergam melhorias, enquanto os direitos humanos e igualdade racial foram avaliados positivamente por 52% e as relações internacionais por 51%.

Principais erros do governo Lula

A administração atual foi criticada em segurança pública, em que 50% a consideram pior, impostos e carga fiscal, com 52% de avaliação negativa, e controle de gastos públicos, visto negativamente por 53% dos entrevistados.

Entre os principais erros do governo Lula, segundo a pesquisa, estão o imposto sobre compras internacionais de até US$ 50, desaprovado por 64%, e a cota de emprego para detentos em regime semiaberto ou ex-detentos, criticada por 51%. Críticas ao Banco Central também foram vistas como erro por 51% dos participantes.

Os acertos apontados pelos entrevistados incluem a gratuidade do Farmácia Popular, aprovada por 85%, e a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, que obteve 78% de aprovação, embora ainda não tenha sido implementada. A retirada de garimpeiros de terras indígenas foi elogiada por 73% dos entrevistados.

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