A pretensão do senador Marcos Pontes (PL-SP) de se lançar como candidato independente à presidência do Senado provocou reações dentro do PL. Depois de o ex-presidente Jair Bolsonaro criticar publicamente a atitude do correligionário, classificando-a como “lamentável” e fruto de “ingratidão”, a cúpula do partido tenta convencer o astronauta a desistir.
Por orientação do próprio Bolsonaro, o PL vai apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para o cargo. Em troca, a sigla negocia a vice-presidência da Mesa Diretora.
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O secretário-geral do partido, senador Rogério Marinho (RN), disse a O Globo que vai conversar com Pontes. Ele afirmou que o colega não consultou o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, sobre a candidatura e surpreendeu a todos ao se lançar em discurso no plenário.
“Estamos há dois anos fora das decisões mais importantes do Congresso”, declarou Marinho. “Não tivemos assentos nas comissões ou relatorias importantes. Ele [Pontes] tem toda a autonomia de se posicionar como quer. Não há possibilidade de punição a ele por isso, mas queremos conversar sobre isso. O partido quer uma ação de solidariedade, de nobreza da parte dele. Vou pedir, Valdemar também vai tentar.”
Marcos Pontes mantém candidatura à presidência do Senado
Na terça-feira 21, Pontes rebateu o ex-presidente em publicação no Twitter/X, mas sem citar o nome de Bolsonaro. “A arrogância pode fechar portas, mas a humildade sempre abrirá as janelas da sabedoria para novos horizontes”, escreveu.
Pontes defendeu sua independência e negou desrespeitar o partido. Apesar da pressão de membros do PL, ele manteve sua candidatura.
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A eleição para a Mesa Diretora do Senado está marcada para o dia 1º de fevereiro, às 10h. Alcolumbre é o candidato favorito para suceder ao atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Bolsonaro cobra Pontes publicamente
Na segunda-feira 20, o ex-presidente da República disse em live do portal Auriverde Brasil que a candidatura de Pontes acontece à revelia do PL. “Eu lamento você estar nessa situação, porque você sabe que não tem como ganhar”, afirmou. “O voto é secreto e, se nós embarcarmos na sua candidatura, que eu acho muito melhor que outras aí, nós vamos ficar sem comissões.”
Em seguida, Bolsonaro acusa o correligionário de estar sendo ingrato. “Eu elegi você em São Paulo”, disse. “Deixei de lado lá o meu amigo Marcos Feliciano, com uma dor no coração enorme, para te apoiar. Esse é meu pagamento?”
Bolsonaro alegou que a aliança com Alcolumbre é estratégica. Sem apoio na última eleição, o PL perdeu espaço na Mesa Diretora do Senado.
O objetivo é conquistar relevância política. “A única forma de nós sermos algo dentro do Senado e não sermos zumbis como somos hoje é não tendo um candidato”, afirmou.
Seja qualquer um que tenha coragem de colocar um impeachment na mesa. Quando for preciso.
Triste briga onde a direita só perde; de um lado apoiar o candidato do centrão, de outro temos o sempre silente astronauta que só foi eleito com os votos da “direita puro sangue” … só resta confiar que há algo por detrás disso tudo que não chega ao público já que as duas vias não me parecem confiáveis.
Vai na tua fé Marcos Pontes.
Voe alto!
O apoio à Alcolumbre,com certeza e mais uma arrumação de Flavio Bolsonaro,que nos deuAlcolumbre,Pacheco e agora Alcolumbre novamente.O playboyzinho de Brasilia tem influencia total sobre o pai.
Mais uma estratégia idiota do Bolsonaro. Alcolumbre presidente do senado já sabemos como vai ser. Um pouquinho pior que o boneco de Olinda. Às vezes o Bonoro me dá náuseas com essas orientações.