O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) disse, nesta terça-feira, 16, que a relação com a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) “não era boa”, mas “maravilhosa”. Além disso, que a vereadora, talvez, o enxergasse como “um pai”. Ele está preso desde março deste ano, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle de seu motorista, Anderson Gomes.
A fala de Chiquinho aconteceu no Conselho de Ética da Câmara, onde ele é ouvido no âmbito de um processo que pode cassar seu mandato pela investigação do assassinato de Marielle. Chiquinho, Domingos Brazão (seu irmão) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de serem os mentores intelectuais do assassinato da vereadora. O trio nega todas as acusações.
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“A relação com Marielle era maravilhosa, não era boa”, disse o deputado. “Estou dizendo e afirmando a Marielle […] quando ela fazia as falas dela, muitas vezes, falava comigo, ela fez questão de ficar do meu lado em pé na sua fala.”
Ele destacou ainda que sempre defendeu que o Psol “tivesse espaço para falar”, pois “o debate é saudável”. “Falando de Marielle … Mas comigo não sei se ela me via como pai, não sei, assim uma pessoa bem mais velha, ela tem mais ou menos a idade da minha filha Verônica…então, nunca tivemos problema nenhum”, destacou.
Conforme a Polícia Federal, a função do delegado era garantir “imunidade” aos envolvidos para que o inquérito não chegasse aos responsáveis pelo crime. Em delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa disse que, no segundo trimestre de 2017, Chiquinho Brazão, que era vereador do Rio, demonstrou “descontrolada reação” à atuação de Marielle para a votação de um projeto de lei (PL).
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A proposta deveria regularizar todo um condomínio na região de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de interesse social. Assim, eles iriam obter o título de propriedade para especulação imobiliária. Lessa está preso desde 2019, acusado de ser o autor dos disparos contra Marielle e seu motorista. O deputado negou conhecer o ex-PM.
Ainda no depoimento, Chiquinho Brazão reafirmou ser inocente e “vítima” da acusação de Lessa. “Ele está protegendo alguém”, disse. Sobre envolvimento com milícias, ele ressaltou que sabe da existência do grupo no Rio, mas que só conhece a atuação noticiada de pessoas que moram nas comunidades e são reféns das normas dos milicianos.
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Além disso, ele negou ter recebido qualquer apoio de grupos ligados à milícia, apesar de reconhecer que foi um dos parlamentares mais votados nas regiões em que o grupo impera. Ele disse ser um parlamentar que luta pelos “direitos”, pelas “minorias” e para “levar dignidade aos considerados invisíveis” nas comunidades.
O parlamentar negou ainda ser investigado por crimes de grilagem de terra ou de regularização fundiária. Antes de Chiquinho, o colegiado ouviu Domingos, o ex-vereador, Thiago Kwiatkowski Ribeiro, conselheiro vice-presidente do Tribunal de Contas do município do Rio de Janeiro; e o ex-deputado estadual Carlos Alberto Lavrado Cupello, que conviveu com Chiquinho Brazão quando era vereador.
Lá vem contorcionismo para acusar Bolsonaro. Globo lixo e comparsas não perdem a chance…