O Ministério Público da Bolívia acusou de terrorismo os principais suspeitos da tentativa de golpe militar contra o governo do país: o general Juan José Zúñiga, ex-chefe do Exército, e Juan Arnez Salvador, ex-comandante da Marinha. Até agora, cerca de 30 pessoas foram detidas por supostas conexões com o caso.
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Os procuradores afirmam ter provas suficientes para acusar Zúñiga e Arnez de terrorismo e levante armado contra a segurança e a soberania do Estado. O governo ainda avalia a possibilidade de ampliar as acusações. A tentativa de golpe militar na Bolívia ocorreu na última quarta-feira, 26.
Zúñiga compareceu ao Ministério Público da Bolívia acompanhado de seu advogado, mas não prestou depoimento para esclarecer a tentativa de golpe militar, de acordo com o jornal boliviano El Deber.
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Na quarta-feira, no entanto, o general Zúñiga testemunhou perante a Polícia, onde alterou sua descrição da tentativa de golpe para “levante armado que não se concretizou devido ao atraso e à falta de coordenação das diferentes unidades militares”.
Na quinta-feira, o ministro da Justiça boliviano, Iván Lima, afirmou que Zúñiga, considerado o líder do fracassado da ação, pode ser condenado a até 20 anos de prisão. Segundo o governo, mais 17 pessoas foram presas na quinta-feira, incluindo militares da ativa e reformados, além dos dez militares já detidos.
Tentativa de golpe militar
Membros das Forças Armadas ocuparam a praça e um veículo blindado avançou pela entrada do Palácio Presidencial na tentativa de golpe militar na Bolívia na última quarta-feira, 26.
Os militares foram seguidos por soldados comandados por Zúñiga, destituído do cargo de chefe do Exército na terça-feira por insubordinação, depois de declarar em rede nacional que não permitiria uma possível nova candidatura do ex-presidente Evo Morales em 2025.