O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) solicitou que a Justiça determine a quebra de sigilo de dados do ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) e a remoção da publicação em que o petista chamou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de “gay com homofobia internalizada” das redes sociais.
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Em manifestação na sexta-feira 21, o promotor de Justiça David Medina da Silva afirmou que a atitude de Wyllys “ultrapassou os limites da liberdade de expressão” e foi “criminosa”. Na quinta-feira 20, o tucano acionou o MP contra o ex-deputado por homofobia.
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De acordo com o promotor, “através da manifestação efetuada pelo suspeito, é possível afirmar que, inobstante críticas ao governo sejam inerentes à democracia, Jean Wyllys ultrapassou os limites da liberdade de expressão, ofendendo a dignidade e o decoro do governador”. O integrante do MPRS afirmou que a ofensa teve amplo alcance: 543 retweets, 297 tweets com comentários, 5.218 curtidas e mais de um milhão de pageviews — isso até o início da noite de quinta-feira.
“O suspeito manifestou-se, em seu perfil do Twitter, de forma criminosa”, disse Medina da Silva.
Cabe à Justiça acolher ou não o pedido do Ministério Público. Caso haja uma determinação judicial, o promotor solicita a fixação de multa diária no valor de R$ 100 mil por descumprimento da medida.
A publicação contra Eduardo Leite que fez Jean Wyllys entrar na mira do Ministério Público
Em publicação no dia 14 de julho, Wyllys criticou Leite por manter as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul, depois de decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de revogar o programa em nível federal.
“Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado”, começou o ex-deputado. “Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee (gíria para homem homossexual)”, escreveu o petista. A postagem dele, contudo, é que foi vista como homofóbica pelo Ministério Público gaúcho.
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O comentário foi rebatido pelo governador. “Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância”, disse.
Em um vídeo postado nas redes sociais na quinta-feira, Eduardo Leite afirmou que, assim como fez quando foi alvo de comentários considerados preconceituosos por parte do ex-deputado Roberto Jefferson e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decidiu apresentar uma representação contra Wyllys.
“Agora, quando Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que eu tomei como governador, que ele pode não concordar, ter outra visão, mas tenta associar essa decisão à minha orientação sexual e até a preferências sexuais, eu devo também entrar com uma representação contra ele”, afirmou Leite.
“Representando para que seja apurado pelo Ministério Público essa conduta, por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia”, disse Leite, ao responder a Wyllys.
O MPRS investiga Jean Wyllys por injúria contra funcionário público e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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O governador Eduardo Leite é homem honrado. Já Jean Wyllys é ele a própria “bee” com homofobia internalizada. Fácil discernir.
Neste caso, este energúmeno tem que sumir da vida política, mas os seus iguais, a esbanja e o molusco procuram sempre se cercar destas pessoas de baixo nível.
O que o MP tem a ver com desavenças comuns entre cidadãos? Se metem em tudo, menos naquilo q deveriam.
Pois é, o MP não tem nada com isso. Cadê o crime? Só tem boiolice. Eles que resolvam isso na esfera civil e que arquem com os custos do processo.