Na tribuna do desfile deste 7 de Setembro, Dia da Independência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cercou-se de todas as mulheres que permanecem no seu ministério. O gesto acontece no dia seguinte à demissão da ministra dos Esportes, Ana Moser.
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Lula trocou a ex-atleta por André Fufuca (PP-MA), deputado representante do centrão. Desde que os rumores sobre o desligamento de Moser começaram a circular por Brasília, o presidente vem sendo alvo de críticas dos próprios apoiadores.
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A militância e a base de apoio se queixam da redução da representação feminina no alto escalão do governo federal. A preferência do presidente por colocar um “homem branco” no lugar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, que se aposenta neste mês, também desagradou a base, que vê na escolha um retrocesso histórico.
Representatividade de populações oprimidas
Alas ideológicas da esquerda acreditam que a presença de “minorias” em postos de comando seja fundamental para a representatividade desses grupos na sociedade. E nos governos ditos progressistas, tal presença seria obrigatória.
Esse conceito de “minorias” não diz respeito necessariamente a populações menores em número, mas sim historicamente oprimidas, na perspectiva dessas ideologias. Seria o caso das mulheres, por exemplo, que somam mais da metade da população brasileira.
De volta ao desfile
Ficaram boa parte do tempo, lado a lado de Lula e da primeira-dama Rosângela da Silva (a Janja), as ministras:
- Marina Silva (Meio Ambiente);
- Simone Tebet (Planejamento);
- Anielle Franco (Igualdade Racial);
- Sonia Guajajara (Povos Indígenas);
- Nisia Trindade (Saúde);
- Margareth Menezes (Cultura);
- Luciana Santos (Ciência);
- Cida Gonçalves (Mulheres);
- Esther Dweck (Gestão e Inovação).
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Acompanhe: Cobertura completa da Revista Oeste do 7 de Setembro