O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, garantiu, nesta quarta-feira, 12, que nenhum hospital militar funcionou com vagas ociosas ao longo dos 14 meses em que os casos da covid-19 sobrecarregaram o atendimento em estabelecimentos de saúde públicos e privados em quase todo o país.
Convocado a prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara sobre a existência de vagas ociosas em unidades de saúde administradas pelas Forças Armadas, Braga Netto disse que a capacidade dos estabelecimentos não tem sido suficiente sequer para atender a todos os militares da ativa, reservistas e dependentes.
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“Encaminhamos muitos de nossos contribuintes para organizações de saúde de fora das Forças. Não tínhamos capacidade para atender mais pessoas do que as que foram atendidas”, declarou o ministro, enfatizando que leitos temporariamente disponíveis não podem ser confundidos com vagas ociosas.
“Leitos vagos não necessariamente significam leitos ociosos”, disse Braga Netto, sustentando que, em qualquer hospital, é preciso manter um número de vagas disponíveis para remanejamento de pacientes já internados. “A pessoa que está ocupando um leito clínico pode precisar da UTI e, após algum tempo, voltar, abrindo uma vaga para outro paciente internado que precisa de cuidados intensivos.”
Segundo Braga Netto, os números de infectados e mortos pelo novo coronavírus entre os usuários do sistema de saúde militar são superiores aos do restante da população. Entre fevereiro de 2020 e a semana passada, 84.601 usuários do sistema de saúde militar foram infectados pela doença, incluindo, além de militares da ativa e reservistas, seus dependentes e pensionistas. Desses, 3.450 faleceram.
Com informações da Agência Brasil
Essa é apenas mais uma narrativa que não se sustenta, e outra, os militares são descontados todo mês para o fundo de saúde da força.