O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o gaúcho Paulo Pimenta como ministro extraordinário no Rio Grande do Sul no dia 15 de maio. Vinte e um dias depois, Pimenta ainda não estruturou equipe para a reconstrução do Estado, assolado pelas enchentes.
De acordo com a medida provisória (MP) assinada pelo presidente, o ministro tem direito a 29 cargos, que se dividem entre Brasília e o RS. Até agora, Pimenta nomeou apenas quatro. Seu braço direito é Emanuel Hassen, o “Maneco” — os dois deixaram a Secretaria de Comunicação Social (Secom) para a missão no Sul do Brasil.
Ao jornal Folha de S.Paulo, Pimenta afirmou que sua agenda envolve sobrevoos pelas regiões do Rio Grande do Sul, viagens pelo Estado e reuniões com prefeituras. O novo ministério, quase um mês depois de estabelecido, ainda não possui site nem agenda oficial.
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“A minha agenda envolve três dimensões”, explicou Pimenta à Folha. “Acompanhamento da situação e da atuação e ação dos ministérios. Relação com o governo do Estado e as prefeituras para tentar acompanhar os planos de trabalho e as demandas. E acompanhamento das ações de entregas, rodovias, colocação de bombas, a presença do governo federal nas regiões.”
Segundo o decreto, os três cargos mais altos do ministério mandariam despachos diretamente de Brasília. Até os próximos dias, porém, Pimenta deve continuar em exercício no Rio Grande do Sul.
Munição política para Pimenta
Paulo Pimenta é cotado para o governo do Rio Grande do Sul nas eleições de 2026. Por isso, logo depois da nomeação, aliados do atual governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), e do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), avaliaram a MP como um gesto político.
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À Folha, Pimenta afirmou ter boa relação com Leite e Melo. Além disso, o ministro destacou o trabalho “em conjunto”. “Minha relação com os prefeitos e com o governador é muito tranquila, muito harmônica”, disse o petista. “E considero que os resultados no trabalho conjunto têm sido muito importantes.”
A reportagem do jornal, no entanto, informou ter ouvido de aliados que, se o trabalho for bem-feito, a dupla Lula e Pimenta pode lucrar politicamente.
O anúncio oficial do governo federal diz que Pimenta ficará à frente do ministério até fevereiro de 2025. Mas como as MPs têm duração de quatro meses, a manutenção do trabalho dependerá de aval do Congresso.
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Distância de polêmica
Comumente, à frente da Secom, Pimenta não mede palavras para criticar adversários políticos. No novo ministério, no entanto, ele afirmou buscar uma posição mais institucional e evitar discussões políticas.
Já nos primeiros dias de trabalho como ministro Extraordinário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta intimidou uma repórter de Oeste, que informou a ida dele e da equipe a uma churrascaria de Porto Alegre, no dia 16 de maio. Em outro momento, Pimenta alegou fake news em publicações sobre a tragédia.
Tanto a intimidação quanto a afirmação geraram reações do Congresso, que convidou Pimenta a se explicar.
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Espero que sirva para enterrar de vez a candidatura do interventor incompetente.
Ainda não foi desta vez. Mas irá acontecer a verdadeira redenção do estado riograndense. O Pimentinha, depois de formar o novo governo, irá recuperar o estado em noventa dias, como ele já disse… ou foi outro assunto? Agora fiquei na dúvida… mas isso não importa, os gaúchos terão uma grata surpresa com a atuação do Montanha, será revolucionária! Hehehehehehehehehe,,,
Paulo Pimenta, vulgo Montanha, está completamente desnorteado. Os quadros do PT é composto de gente que não tem a menor noção do que seja trabalho, organização e eficiência.