Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi liberado do Complexo da Papuda, onde está detido em Brasília, para realizar uma prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A autorização foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito em que Vasques é investigado por suspeita de interferência nas eleições de 2022.
Para realizar o exame, que ocorreu no último domingo, 19, Vasques deixou a penitenciária por volta de 12 horas, sob um esquema de segurança. Ele fez a prova em uma universidade de Brasília, em uma sala isolada.
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O advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão, representante de Vasques, lamentou o vazamento da informação e desejou uma boa prova ao cliente.
“Agora que a informação foi vazada — não se sabe por quem — registramos o desejo que ele tenha uma boa prova”, destacou o advogado. “Obviamente, as chances de aprovação são mínimas diante da dificuldade de estudo.”
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Preso pela Polícia Federal (PF) em 9 de agosto, o policial aposentado é suspeito de utilizar a PRF para dificultar a chegada de eleitores do Nordeste aos locais de votação durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Os crimes investigados incluem prevaricação, caracterizado quando um servidor público deixa de cumprir seu dever, violência política e obstrução ou interferência no processo eleitoral.
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Em 30 de outubro, ainda sob o comando de Silvinei, a PRF realizou blitzes em todo o país. No Nordeste, políticos ligados a Lula acusaram Vasques de tentar atrasar eleitores do petista. Isso porque a quantidade de carros parados naquela região seria maior que no Sul e Sudeste, onde Bolsonaro tinha mais vantagem que o adversário.
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