O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quarta-feira, 7, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) por tentativa de homicídio contra quatro policiais federais. O incidente ocorreu em 23 de outubro deste ano.
O político estava na própria casa, no Rio de Janeiro, quando a Polícia Federal (PF) chegou para cumprir um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o ex-parlamentar efetuou 50 disparos de fuzil e lançou três granadas contra os agentes. Dois deles ficaram feridos, foram levados ao hospital e, logo em seguida, tiveram alta.
“O ex-deputado dolosamente e consciente da ilicitude e da reprovabilidade de suas condutas tentou matar quatro policiais federais, com emprego de explosivo e de meio que resultou perigo comum”, comunicou o MPF.
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O documento informa que Jefferson “dificultou a defesa” dos policiais, “com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujas mortes não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade”. Os procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi assinam a denúncia.
Em 9 de novembro deste ano, Moraes determinou que o processo contra Jefferson deveria tramitar na Justiça Federal de Três Rios (RJ).
Moraes manda prender Jefferson
Desde janeiro, o ex-deputado estava em prisão domiciliar por um pedido da PF. Jefferson ainda usava tornozeleira eletrônica.
Contudo, em 22 de outubro, Moraes determinou a prisão do ex-parlamentar. O magistrado argumentou que Jefferson teria descumprido uma série de medidas estabelecidas para a prisão domiciliar.
Na ocasião, Jefferson atirou e jogou uma granada contra os agentes da polícia que tentavam cumprir a determinação de Moraes. Por isso, em 27 de outubro, o ministro decretou a prisão preventiva do político. Na decisão, o ministro citou o “arsenal” de armas e munições que foi encontrado pela PF na residência do ex-deputado.