Conforme o diretor nacional do Movimento Sem-Terra (MST), João Paulo Rodrigues, o grupo está insatisfeito com a proposta de reforma agrária apresentada pelo governo Lula da Silva. De acordo com o dirigente, o MST tem 60 mil famílias acampadas e à espera de terra, enquanto o governo propõe assentar 20.490 famílias em 2025.
“O MST continua muito preocupado com a lentidão do tema agrário. Nós temos um compromisso com a nossa base e nós não vamos descansar enquanto não assentarmos as famílias acampadas”, disse Rodrigues.
MST sobre proposta do governo: “meta muito fraca”
Segundo ele, são 60 mil famílias, “mas o governo está propondo uma meta muito fraca para o ano que vem, de menos de 30 mil famílias”. As queixas de Rodrigues foram transmitidas em uma live no Instagram, nesta segunda-feira, 11.
“O MST não vai aceitar isso. Já estamos pedindo uma reunião muito urgente com o presidente Lula para os próximos dias e nós somos da tese que tem que assentar as famílias acampadas. Não existe reforma agrária sem terra”, afirmou.
O líder do movimento acrescentou que o objetivo é fazer com que representantes do MST sejam recebidos por Lula logo depois do G20. Nessa ocasião, a ideia é determinar um calendário para cumprimento de todos os itens reivindicados pelo movimento.
O que MST exige do governo; confira:
- Crédito especial através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);
- Renegociação de dívidas;
- Aumento dos recursos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab);
- Garantia de R$ 160 milhões para “educação no campo” e;
- Construção de 50 mil novas casas para as famílias e a reforma de outras 150 mil.
“Essas são as pautas da reforma agrária de forma muito simples para que toda a nossa militância acompanhe e saiba do que estamos falando. Além disso, o governo tem um compromisso de nos ajudar a avançar na pauta de mecanização agrícola e na construção de um programa de produção de bioinsumos”, afirmou Rodrigues.
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