Ex-deputada estadual pelo Psol do Rio de Janeiro, a advogada Janira Rocha, que levou Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas, para duas agendas com integrantes do Ministério da Justiça, disse que o encontro não tem ‘nada de irregular’.
“Não fizemos nada de irregular, nada de ilícito”, disse Janira ao portal G1, nesta segunda-feira, 13. “Não existe nada de organização criminosa. A sociedade tem o direito de ser recebida pelo governo para colocar suas reivindicações. E o governo não deveria estar tão acuado de fazer uma coisa que é certa, que é cumprir o seu papel institucional e responder às demandas da sociedade.”
Conforme noticiou o jornal O Estado de S. Paulo, Luciane participou de duas reuniões com assessores de Dino em 19 de março e 2 de maio. Sendo em março, com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino; e, em maio, com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais.
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O nome dela não consta da agenda do Ministério da Justiça, mas a pasta confirmou a presença dela nas reuniões. Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, criminoso que chegou a figurar no topo da lista dos mais procurados da polícia do Amazonas. Ele foi preso em dezembro de 2022 e cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM).
Luciane também foi condenada no mesmo processo que o marido — por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa —, mas recorre em liberdade.
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No Ministério da Justiça, ela foi recebida como presidente de uma ONG de defesa dos direitos dos presos do Amazonas. Segundo o Estadão, Luciane é o braço financeiro da operação do marido.
Em nota ao jornal, o Ministério da Justiça disse que as reuniões foram solicitadas pela Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim), com a presença de várias advogadas, e que Luciane, mulher do líder do Comando Vermelho, “não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados”.
Advogada que levou mulher ligada ao Comando Vermelho ao MJ foi condenada por ‘rachadinha’ e defendeu Flordelis
A advogada Jandira disse ser militante dos direitos fundamentais dos presos há quatro anos e estar em contato com representantes do governo, pois, no início de outubro, o Supremo Tribunal Federal estabeleceu seis meses para a elaboração de um plano para por fim ao que é chamado de “estado inconstitucional de coisas” no sistema penitenciário nacional.
Jandira, que já defendeu a ex-deputada federal Flordelis, se apresenta como representante da ONG que luta pelos presos do Amazonas, militante pelas condições nos presídios e ativista dos direitos humanos.
Em 2021, a ex-deputada foi condenada por “rachadinha” com os funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em relação à acusação, a advogada diz já ter prescrito e estar livre dessa situação.
Eles tem livre circulação para promover os diálogos cabulosos com o Ministro e seus asseclas.
Fim de linha….
Sério, doutora? Não acha ilícito andar pra cima e pra baixo, e principalmente para dentro do Executivo Federal, levando à tira colo a chefona do tráfico, o quê é ilícito para a “doutora” advogada?
Vê-se que, para a doutora, o padrão do que é lícito e do que é e ilícito está bastante cabuloso.