Recém-empossado como novo ministro do Esporte, o maranhense André Fufuca comentou sobre a reforma ministerial promovida pelo presidente Lula para agradar ao centrão. Deputado federal licenciado do Progressistas (PP), Fufuca destacou que, apesar de o partido se manter independente na Câmara, a maioria da bancada vai votar a favor dos projetos de interesse do governo.
“O PP continua independente, até porque partido tem membros que não votam com o governo, são membros da oposição”, disse o maranhense em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira 14. “Mas, da nossa parte e da ampla maioria da Câmara Federal, nós estaremos ajudando o governo naquilo que for melhor para o país e iremos continuar ajudando, como já vínhamos fazendo.”
Segundo Fufuca, a decisão de manter o partido como independente partiu do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro do Esporte explicou ainda que vai priorizar a liberação das emendas parlamentares por intermédio da pasta. Sob a gestão de Ana Moser — demitida por Lula para abrigar Fufuca –, o ministério reteve mais de R$ 200 milhões em recursos herdados das antigas emendas de relator.
O maranhense também negou ter negociado o cargo sem apoio e aprovação dos representantes do PP na Câmara. “De nenhuma forma foi uma decisão pessoal, foi uma decisão coletiva”, concluiu.
Entra centrão, sai Ana Moser
O PP é o partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). Inicialmente, o partido recusou a oferta do chefe do Executivo, pois, segundo a sigla, a pasta não tem “orçamento”.
O governo, porém, garantiu que aumentaria a verba do ministério, caso o PP aceitasse a vaga e “turbinaria” a proposta entregando o comando da Caixa Econômica Federal.
Ana é a segunda ministra mulher a ser demitida pelo petista neste ano. A primeira foi a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), que comandava o Ministério do Turismo. O intuito de Lula é aumentar sua base de votos no Congresso Nacional. Desse modo, ele deve ter maior facilidade para aprovar projetos de interesse do governo. O Planalto ainda estuda alguma forma de realocar a ex-ministra do Esporte no governo.
Na negociação, o Republicanos também saiu ganhando. O deputado licenciado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) se tornou o novo ministro dos Portos e Aeroportos, anteriormente comandando por Márcio França — realocado no ministério das Micro e Pequenas Empresas.
Costa deve pedir afastamento do partido para que o Republicanos não se “queime” com a base nas próximas eleições. A sigla é muito ligada a Igreja Universal.
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papo de canalh@, loteamento vergonhoso