Conhecido na caserna “por fazer acontecer” e por seu perfil “determinado”, o deputado federal General Pazuello (PL-RJ), militar da reserva do Exército Brasileiro, tem se dedicado, nos últimos meses, a alertar o governo Lula para o perigo de células terroristas dentro do Brasil. “A ameaça é real e está mais perto do que imaginamos.”
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Pazuello puxa para a sua agenda como parlamentar, o que considera um desafio: fazer com que “o governo federal se posicione e admita que o Brasil não está imune ao risco de um ataque terrorista”.
Em entrevista a Oeste, o deputado fala sobre a ameaça terrorista no Brasil. Confira os principais trechos.
Entrevista com o deputado General Pazuello
O senhor, em conjunto com o deputado federal Sanderson (PL-RS), entrou com requerimento para que o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) coordene a proteção em áreas de sinagogas e clubes hebraicos em todo o território nacional. Dois meses depois, o que foi feito?
Preciso destacar que os atos terroristas do Hamas, em 7 de outubro, foram fruto de sua covardia, desumanidade, incoerência e atrocidades. O requerimento enviado ao MJSP teve como principal objetivo colocar um holofote nessa séria ameaça, que é o terrorismo. No passado, ela se apresentava mais seletiva e pontual. Hoje procura atingir seus fins de forma indiscriminada a qualquer que seja o meio social. O que vemos no interior do território brasileiro, atualmente, nos dá a certeza de que a ameaça terrorista está, sim, presente no país, como nos acontecimentos do fim de outubro em minha cidade, o Rio de Janeiro, quando organizações criminosas, em retaliação às ações legítimas e legais do Estado, lançaram mão de técnicas terroristas para levar o pânico e a destruição à sociedade. (Pazuello se refere aos ataques a ônibus na zona oeste da cidade)
Logo depois dos ataques a Israel, o senhor também entrou com requerimento para avaliar a atuação de grupos terroristas na Tríplice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. O pedido foi aceito?
Sim. O requerimento já foi aprovado em sessão Deliberativa da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Inclusive, já realizamos uma audiência pública no dia 22 de novembro. Foi uma excelente oportunidade, pois aprofundamos no assunto e esclarecemos sobre a realidade da ameaça terrorista presente na fronteira oeste do Brasil.
A Polícia Federal (PF) prendeu homens treinados e pagos pelo grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, para atacar judeus no Brasil. O senhor tinha conhecimento das investigações?
Eu não tinha qualquer conhecimento das investigações da PF. Entretanto, a história sobre os eventos terroristas deflagrados em Buenos Aires (Argentina), em 92 e 94, atestam a presença da ameaça neste subcontinente, particularmente na Tríplice Fronteira, além de outros inúmeros dados institucionais que também a comprovam.
Quais indícios do perigo chamaram sua atenção?
Depois dos atos terroristas do Hamas em Israel, acompanhados pelas manifestações de Khaled Mashal, um dos fundadores do grupo, pedindo o apoio do Talibã e ordenando que todos os islâmicos no mundo iniciassem uma Jihad contra os judeus, convertendo-se em mártires, tornou-se óbvio que outras ações poderiam ser desencadeadas, inclusive no Brasil (a notícia sobre a fala do terrorista foi amplamente divulgada pela imprensa estrangeira e, posteriormente, desmentida pela agência Reuters). A nossa PF vem trabalhando muito em cooperação com grupos de inteligência de vários países, o que foi visto durante a Operação Lava Jato e em outras oportunidades.
A PF concluiu o inquérito sobre as ações do Hezbollah no Brasil, dois presos preventivos são estrangeiros naturalizados brasileiros. Seria o caso de endurecer as leis de imigração?
A legislação que trata de imigração e refúgio no Brasil, ainda que não seja perfeita, é uma das mais modernas do mundo. Entretanto, a leniência das leis é uma realidade em nosso país e não me refiro apenas às leis de imigração. O governo deve considerar, também, os dados de inteligência que nos indicam, claramente, aqueles países que vivem flertando com o terrorismo, difundindo e apoiando radicalismos e a intolerância religiosa. O governo Lula precisa se posicionar claramente e admitir que o Brasil não está imune a esses riscos.
Em 2019, o médico do Hamas, Basem Naim, expressou a felicidade do grupo com a soltura de Luiz Inácio Lula da Silva, então condenado em três instâncias. Partindo dessa declaração, não seria quase ingenuidade pedir proteção ao atual governo?
Seguimos muito preocupados com a postura do governo federal em relação a todos esses fatos, particularmente, ao considerarmos que a Constituição Federal estabelece que o Estado Brasileiro deve seguir os princípios da prevalência dos direitos humanos, bem como o repúdio a ameaças como a terrorista. Portanto, segundo a Lei Antiterrorismo, qualquer ação por parte de autoridades brasileiras, de forma favorável ou em conivência com atos e ações de terror, deve ser devidamente apurada e apenada pela Justiça.
O senhor disse “a ameaça é real e está mais próxima do que imaginamos”. O que sabe sobre a presença de grupos terroristas atuando na Tríplice Fronteira?
A presença de células de grupos terroristas e outros grupos radicais islâmicos na Tríplice Fronteira é assunto antigo e já investigado pela PF. Esses grupos utilizam-se da fragilidade dos controles e das facilidades de trânsito dos moradores para desenvolverem suas ações e se esconderem, transferindo suas bases, recursos financeiros e outros meios de seus países de origem. Precisamos melhorar urgentemente nossos controles de fronteira, bem como as ações de inteligência e fiscalização naquela região. É sabido dos crimes de lavagem de dinheiro que organizações terroristas, como o Hezbollah e o Hamas, perpetuam diariamente na fronteira do Brasil.
As polícias e as Forças Armadas do Brasil estão preparadas para enfrentar possíveis ataques terroristas de extremistas do Oriente Médio?
Tanto as nossas Forças Armadas como as nossas outras forças de segurança fizeram parte de um importante processo de equipamento, preparação e treinamento para atuação nas operações de dos grandes eventos recentemente ocorridos no Brasil, como a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016).
Se a guerra no Oriente Médio avançar, uma eventual ação do governo brasileiro em direção ao Hamas e ao Irã, poderia colocar o país em situação difícil com nações que apoiam Israel, como os Estados Unidos (EUA) e o Reino Unido?
O Artigo 4º da Constituição Federal é enfático em estabelecer o mandamento de combate ao terrorismo. Logo, não temos permissão institucional para qualquer alinhamento com governos ditatoriais ou terroristas. O Estado Brasileiro, democrático e livre, jamais poderá se afastar dos valores civilizatórios do Ocidente.
Com quem os brasileiros, em especial os judeus, podem contar na garantia da segurança?
As nossas Forças Armadas, as nossas Forças de Segurança Pública, o Ministério Público e o Judiciário brasileiros detêm a competência e a capacidade operacional para garantir a segurança de todos os brasileiros, judeus ou não, estejam eles onde estiverem. Também não podemos e não devemos abrir mão da cooperação e da parceria com países como os EUA, o Reino Unido e Israel, dentre outros, no combate ao crime organizado e à ameaça terrorista.
Faltou ele dizer como deter um mártir, ou em outras palavras, um homem bomba que acredita que seu sacrifício o levará para o céu onde encontrará 72 virgens esperando por ele. O que não é claro nesta conjectura, é como ele ira satisfazer as 72 virgens, nem o maior valadão do universo , o cara mais viril do planeta, seria capaz de satisfazer um harém com 72 mulheres virgens. Hah, quase me esqueci, tem um e ele é brasileiro, ele é o mesmo que consegue manter a Janjota satisfeita, mas não é o peido velho, é o outro, aquele que serve de terceira roda.