O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse, nesta quinta-feira, 21, que a entrada do PP e do Republicanos na Esplanada dos Ministérios “ajudou” o governo. Além disso, que ele entende quando uma parcela dos deputados dos partidos do centrão vota contra o governo.
“[A relação] Mudou, porque os partidos começaram a interagir mais”, contou Guimarães. “A entrada do PP e Republicanos ajudou, deu mais tranquilidade às bancadas. É uma construção. Evidentemente tem uma parcela desses partidos que não vota com o governo, mas temos que assimilar isso. Temos sim uma boa governabilidade na Câmara. Quando não dá, eles dizem. Não vou criar polêmica se são independentes ou não, o que importa é eles me darem os votos no painel.”
Conforme o deputado cearense, após entrada oficial do centrão na Esplanada, o diálogo dele com os líderes melhorou. O União Brasil, por exemplo, já tinha três ministérios no governo, mas a relação com a gestão só melhorou quando Lula demitiu a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), para nomear Celso Sabino (União Brasil-PA) no lugar.
Depois, em setembro deste ano, o PP assumiu o comando do Ministério do Esporte, com André Fufuca (PP-MA), e o Republicanos indicou Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para o Ministério dos Portos e Aeroportos. O governo abriu espaço para os partidos a fim de melhor a interlocução com a Câmara.
Momento de maior tensão entre governo e a Câmara
Guimarães admitiu que o momento de “maior tensão” entre governo e Câmara foi durante a votação da medida provisória (MP) que reestruturava a Esplanada dos Ministérios. Na Casa, o governo conquistou 337 votos favoráveis em junho deste ano, mas com sufoco.
“O maior momento de tensão com o governo e a Câmara foi a votação da MP dos ministérios”, disse. “Se não aprovássemos, o governo iria para o brejo. Desmontava completamente o governo. O presidente Lula teve que entrar comigo para o diálogo com os líderes.”
À época, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda criticou veementemente o governo, ao afirmar que, caso a medida não passasse, a culpa seria da gestão petista.
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