O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tinha uma opinião diferente da atual em relação à censura, sobretudo em plataformas de redes sociais. Em novembro de 2014, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, ele foi enfático ao se colocar como opositor a projetos relacionados ao controle das mídias.
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“Em primeiro lugar, não pode haver censura”, disse Dino, ao responder pergunta sobre liberdade de imprensa formulada pelo apresentador Augusto Nunes, colunista e conselheiro editorial de Oeste. “Não pode haver nenhum tipo de controle sobre o conteúdo.”
Na ocasião, Dino se preparava para assumir seu primeiro cargo no Poder Executivo. Filiado ao PCdoB até então, ele tinha acabado de ser eleito governador do Maranhão. E reforçou que, ao menos em 2014, era contra a imposição de normas que impedissem a liberdade irrestrita da imprensa no país.
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“Qualquer tipo de censura, de controle da atividade jornalística, obviamente, isso é a negação dos valores que a sociedade erigiu como seus”, afirmou Dino. “Do pluralismo político, da liberdade de expressão, da democracia.”
Dino e a censura nas redes sociais em 2023
Os anos se passaram, e o cenário político se alterou para Dino. Depois de ser reeleito governador maranhense, ele trocou de partido. Deixou de ser comunista para integrar o tine dos socialistas, indo para o PSB. Apesar de deixar o Palácio dos Leões com o Estado nordestino nas últimas posições em indicadores socioeconômicos, ele foi eleito senador em 2022.
Apesar da eleição, nem chegou a sentar na cadeira no Senado. Isso porque acabou sendo o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Dando expediente na Esplanada, Flávio Dino demonstra que, ao menos em relação à censura nas redes sociais, a sua posição mudou. Não é mais a mesma da apresentada na entrevista de nove anos atrás.
À frente de um ministério, Dino é protagonista de atos de censura. Em maio, por exemplo, ele bloqueou o acesso de Oeste ao seu perfil no Twitter/X.
Nesta semana, depois da revelação de que dois de seus secretários receberam a mulher conhecida como “Dama do Tráfico”, ele seguiu com a mesma estratégia. Assim, voltou a bloquear — ou seja, censurar — jornalistas e políticos nas redes sociais.
Paulo Polzonoff, da Gazeta do Povo, e Paulo Eduardo Martins, ex-deputado e ex-comentarista da Rede Massa (SBT Paraná), são exemplos dos mais novos jornalistas sem acesso ao perfil do ministro da Justiça — que há quase dez anos disse ser contra a censura, inclusive nas redes sociais.
Leia também: “A censura tem pressa. E eles vão tentar de novo”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 164 da Revista Oeste
E mais: “Ligações cabulosas”
Isso aí e outros tantos tem que serem alijados da política sumariamente. Enquanto estiverem como atores, não esperem nada melhor que isso. O que os comunistas querem todos nós sabemos, que é a destruição do país, da população, ficando esses mesmos como oligarcas.
A Geleca está em franco processo de derretimento…
Desdiz tudo que disse
Mais um canalha profissional. Zero novidade, vindo da esquerdalha.
Qual é a novidade? o cabeça de piroca também mudou de opinião.
Tal rei, tal príncipe.
Flavio Dino é uma vergonha para o país. Cínico, mentiroso e debochado.