Mais uma ação por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue sob sigilo. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou plataforma de acesso à informação para saber o que o petista falou na reunião que teve com ministros um dia depois de, em evento oficial na Etiópia, comparar a contraofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas ao Holocausto. Como resposta, contudo, o parlamentar soube que não há registros a respeito do encontro ministerial.
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Por meio da rede social Twitter/X, Ferreira compartilhou a resposta do governo federal ao seu pedido, de ter imagens da reunião ministerial de Lula em 19 de fevereiro deste ano, um dia depois de o presidente retornar do país africano. Com linguagem técnica, a Presidência da República alegou que os “compromissos públicos” realizados “na residência oficial não são registrados em meio oficial”. Também alegou-se que não há documentos nem quaisquer tipos de registros da agenda presidencial daquele dia.
“É inaceitável que uma reunião de tal importância não tenha nenhum registro escrito ou audiovisual”
“Parece que este governo convenientemente não tem gravações de eventos importantes”, afirmou Ferreira, em postagem na rede social. “Num dia as imagens inéditas do 8 de janeiro foram deletadas por ‘problema contratual’, no outro eles sequer gravam a reunião. Esses padrões de comportamento mostram um claro desrespeito pelo direito do público à informação e à prestação de contas. É inaceitável que uma reunião de tal importância não tenha nenhum registro escrito ou audiovisual, deixando-nos às escuras quanto aos debates e decisões tomadas.”
No mês passado, protocolei uma solicitação via Lei de Acesso à Informação para obter a gravação da reunião realizada pelo Presidente Lula com seus ministros, após ele comparar os ataques em Gaza ao Holocausto. Na resposta, fui informado de que a reunião não foi gravada e que… pic.twitter.com/68FbdIW8gM
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) March 27, 2024
Fala de Lula sobre Israel, volta ao Brasil e a reunião sem registros
Em coletiva de imprensa em 18 de fevereiro em Adis Adeba, capital da Etiópia, Lula criticou as Forças de Defesa de Israel. De acordo com ele, as autoridades do Estado judaico praticam “genocídio” na Faixa de Gaza. O presidente brasileiro não destacou o fato de o território israelense ter sido invadido por terroristas do Hamas. Em 7 de outubro do ano passado, extremistas assassinaram, estupraram e sequestraram centenas de civis.
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Lula voltou ao Brasil na noite de 18 de fevereiro. No dia seguinte, uma segunda-feira, o presidente teve, conforme a agenda oficial, quatro eventos — todos com ministros de seu governo. Entretanto, o petista despachou do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em vez de trabalhar no Palácio do Planalto.
De acordo com a agenda, Lula começou os trabalhos de 19 de fevereiro em reunião com o titular da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Na sequência, conversou com três de seus ministros: Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Comunicação Social). Depois, ele se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Por fim, recebeu o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que é judeu e criticou publicamente a comparação feita entre Israel e os atos praticados pelo nazista Adolf Hitler.
Entretanto, mesmo com o pedido de um deputado federal, a sociedade brasileira continua sem saber o que Lula disse a seus ministros um dia depois de comparar Israel ao Holocausto. O que se sabe é que, com tal critica, o governo israelense passou a considerar o presidente brasileiro como persona non grata.
Leia também: “O naufrágio de Lula”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 209 da Revista Oeste
Encotro às escondidas, se fosse Bolsonaro, a esquerda e a mídia vendida estaria toda ovulando.
Quem acredita na desculpa dada por esse desgoverno? Escondem e eliminam gravações, fazem o que querem pra se safar de qualquer coisa que os expõem como culpados de atos criminosos ou ilegais.