A vereadora de Porto Alegre Fernanda Barth (PL) cobrou ações do poder público, em relação à tragédia das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. A parlamentar falou em “omissão e negligência” por parte do governo do Estado gaúcho e do governo federal.
“O Rio Grande do Sul sofre uma catástrofe ideológica”, disse a vereadora, em entrevista a Oeste. “É uma parceria de crime de omissão e negligência entre a União e o Estado.”
A grande enchente atingiu 478 municípios e deixou 182 pessoas mortas, 31 desaparecidas e mais de 2,3 milhões afetadas.
Fernanda explicou à reportagem que o Rio Guaíba concentra atualmente 35 mil m² de areia e terra. Segundo a vereadora, a “Ilha de Porto Alegre”, conforme Fernanda batizou o local, é um “reflexo da ausência de 20 anos do processo de dragagem”.
O assoreamento de um rio é o acúmulo de terra, lixo e matéria orgânica em seu fundo. A dragagem ou desassoreamento é justamente a remoção desse acúmulo.
A vereadora defende a prática da mineração. À época, o MP pediu à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para iniciar o zoneamento do local para que a mineração pudesse ser feita. Contudo, esse processo ainda não foi realizado pela fundação, segundo Fernanda.
“A dragagem e o desassoreamento consistem em retirar a areia de um ponto e colocar em outro”, explicou. “A depender do movimento do rio, a terra volta para o mesmo lugar. A mineração retira a areia e a utiliza comercialmente.”
“Ilha de Porto Alegre”, no Rio Grande do Sul
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, no último sábado, 20, Fernanda expõe a situação do assoreamento do Rio Guaíba, que banha a capital gaúcha.
Na publicação, a vereadora está em cima dos 35 mil m² de terra acumulada no meio do rio, local que ela apelidou, ironicamente, de “Ilha de Porto Alegre”.
“Se já tivéssemos o zoneamento pronto, não teríamos esse problema de assoreamento tão violento”, explica a vereadora. “Se nada for feito para desassorear e dragar o nosso Rio Guaíba, ninguém mais vai navegar neste verão.”
No mesmo vídeo, Fernanda cobra ações do governo federal, do Estado do Rio Grande do Sul e da Fepam para iniciar a dragagem do rio. A vereadora acrescenta que, na próxima vez, vai chover menos do que o acumulado em maio. No entanto, “o estrago será o mesmo”, em razão do assoreamento do rio.
Leia também: “As marcas da tragédia”, reportagem publicada na Edição 223 da Revista Oeste
Acrescentaria, nessa afirmação, incompetência, a marca mais acentuada da esquerdalha, já que possuem foco, majoritariamente, nas áreas de Humanas.
Fora disso, são realidade e ciências naturais, itens os quais têm absoluta aversão!