A liderança da oposição na Câmara lançou uma ofensiva contra o governo federal, intitulada “Operação Negócio da China”. O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) protocolou, nesta segunda-feira, 17, uma série de requerimentos de informação para investigar a venda da Mineração Taboca S.A. a uma empresa estatal chinesa.
A operação consiste em 12 requerimentos de informação direcionados aos seguintes ministros:
- Luciana Santos — Ciência, Tecnologia e Inovação;
- José Múcio — Defesa;
- Paulo Teixeira — Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
- Geraldo Alckmin — Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
- Fernando Haddad — Fernando Haddad;
- Waldez Góes — Integração e Desenvolvimento Regional;
- Ricardo Lewandowski — Justiça e Segurança Pública;
- Marina Silva — Meio Ambiente;
- Alexandre Silveira — Minas e Energia;
- Simone Tebet — Planejamento e Orçamento;
- Sônia Guajajara — Povos Indígenas; e
- Mauro Vieira — Relações Exteriores.
“Operação Negócio da China” vai investigar a transferência de controle acionário para mineradora chinesa
Os requerimentos contêm dezenas de perguntas específicas para cada ministério. O objetivo é esclarecer a regularidade da transação que transferiu o controle acionário da mineradora para a estatal chinesa.
“É uma grande frente investigativa que pretende lançar luz sobre uma operação comercial que envolve uma série de cuidados em função das peculiaridades do negócio”, disse Zucco.
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A oposição intensificou as críticas ao governo depois da notícia-crime contra o ministro da Educação, Camilo Santana, e a apresentação do Pacote Anti-Janja. “Já tínhamos buscado a Casa Civil sobre esse tema em dezembro do ano passado, com questionamentos breves e simples, mas se esquivaram de nos responder e esclarecer os fatos”, denunciou Zucco. “Se o ministro Rui Costa vai blindar o presidente Lula, nós vamos partir para cima dos ministérios e abrir a caixa-preta de cada um.”
Os parlamentares exigem esclarecimentos sobre ações do governo federal para mitigar riscos à soberania nacional e a possíveis impactos nos recursos naturais do Brasil. A investigação também busca informações sobre consultas realizadas a povos indígenas e comunidades tradicionais durante as negociações com a estatal chinesa.
Outros pontos analisados incluem a legalidade da aquisição de imóveis rurais por estrangeiros que adquiriram a mineradora e estudos conduzidos pelos ministérios sobre os impactos socioeconômicos da operação. Por determinação legal, os ministros têm 30 dias para responder às perguntas apresentadas pela Câmara.
O território Brasileiro e seu subsolo está sendo VENDIDO aos chineses sem nenhuma fiscalização.