Ao todo, 13 senadores votaram pela rejeição do novo Marco Legal do Saneamento básico. Aprovação vai possibilitar a injeção de até R$ 700 bilhões na economia do país em investimentos até 2033
A oposição foi, basicamente, o único grupo que votou contra o novo Marco Legal do Saneamento básico. O Projeto de Lei (PL) 4.162/2019, que segue para a sanção presidencial por 65 votos favoráveis, vai possibilitar a injeção de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões em investimentos na economia até 2033, prazo para a universalização dos serviços, estima o governo.
Dos 13 votos contrários (confira a lista abaixo), quase metade são do PT, o único partido a ter orientado o voto contrário à pauta. Todos os seis senadores petistas votaram por rejeitar a matéria. O líder do partido, Rogério Carvalho (SE), tentou propor o adiamento da votação, mas foi voto vencido.
Pelo Twitter, Carvalho criticou a aprovação. “A intenção em levar água e esgoto motivou os colegas senadores a aprovarem o marco do saneamento. A história dirá que foi uma atitude precipitada. Temos o exemplo do setor elétrico. Se não tivesse a política pública do ‘Luz Para Todos’, o povo brasileiro permaneceria na escuridão”, criticou.
A intenção em levar água e esgoto motivou os colegas senadores a aprovarem o marco do saneamento. A história dirá que foi uma atitude precipitada. Temos o exemplo do setor elétrico. Se não tivesse a política pública do “Luz Para Todos” o povo brasileiro permaneceria na escuridão. pic.twitter.com/HJiPu9H11t
— Rogério Carvalho ??? (@SenadorRogerio) June 25, 2020
Lideranças
Os outros sete votos contrários foram divididos. A senadora Zenaide Maia (Pros-RN), primeira-vice-líder da legenda e do bloco parlamentar da Residência Democrática, votou contra seu partido, que orientou o voto favorável à proposta. Os seis restantes foram de partidos que abriram o voto.
Mesmo PDT, PSB e Rede, partidos da oposição, abriram o voto. Assim, votaram contra a reforma do saneamento os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da legenda e da oposição, Weverton Rocha (PDT-MA), líder do partido, e Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), líder da sigla.
Os outros três votos contrários vieram da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), líder do partido, e dos senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), líder da legenda, e Sérgio Petecão (PSD-AC), vice-líder do governo no Congresso. O Cidadania é um partido independente, mas Eliziane figura mais na oposição. Já Mecias e Petecão são, portanto, os únicos da base governista que votaram contra.
Lista
Confira, abaixo, a lista dos senadores que votaram contra:
Do PT
– Humberto Costa (PT-PE)
– Jaques Wagner (PT-BA)
– Jean Paul Prates (PT-RN)
– Paulo Paim (PT-RS)
– Paulo Rocha (PT-PA)
– Rogério Carvalho (PT-SE)
De outros partidos
– Eliziane Gama (Cidadania-MA)
– Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
– Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
– Sérgio Petecão (PSD-AC)
– Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB)
– Weverton Rocha (PDT-MA)
– Zenaide Maia (Pros-RN)
Já esperado, a esquerda nos últimos 20 anos não fez nada pela saúde do povo, porque faria agora?
É uma pena que esse PT ainda está nesses estados tomara que a população está vendo essa matéria para se preparar para próxima eleição
Reparem que interessante. Dos treze (tinha que ser este número!), oito são do Nordeste e quatro da Região Norte, justamente duas das regiões mais carentes de saneamento básico. Agora Vcs. entenderam?
Bem.pontuado- ficou clara a motivação.
O enfoque da revista foi no voto contrário da oposição! Quando deveria ser matéria de enfoque o grande passo para retirar a população de miseráveis , dos esgotos a céu aberto, em todo o país. Meus pêsames à revista!
Ainda não ficaram claras as justificativas do pessoal da esquerda ter votado contra e a revista não fez referencias a esse item, seria bom não transparecer uma tentativa de execrar os nomes que votaram contra a PL onde o relator é um representante da coca cola no pais uma das maiores interessadas em aquíferos no mundo todo