A disputa pela Prefeitura de São Paulo, que se encerra neste domingo, 6, trouxe eventos marcantes durante a campanha eleitoral.
Durante a campanha, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), por exemplo, destacou-se por sua postura provocativa em debates. Foram 11 debates no primeiro turno, com trocas de farpas e até expulsões. Em um dos eventos, o ex-coach confrontou Guilherme Boulos (Psol) com uma carteira de trabalho, o que resultou em discussões acaloradas e mudanças nas regras de segurança.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Em debate da TV Cultura, José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal com uma cadeira, depois de uma série de provocações. Marçal havia relembrado uma acusação de assédio contra Datena, arquivada por prescrição. Datena lançou uma banqueta em Marçal, o que causou a interrupção do debate e sua expulsão.
Marçal registrou um boletim de ocorrência e foi diagnosticado com traumatismo no tórax e no punho direito no Hospital Sírio-Libanês. A polêmica continuou quando Marçal foi expulso do debate do Flow Podcast depois de violar regras. Seu assessor, Nahuel Medina, agrediu Duda Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), com um soco.
As agressões e as polêmicas na campanha eleitoral
Duda Lima obteve uma medida protetiva contra Nahuel. Marçal justificou a agressão como legítima defesa, ao alegar que Duda teria agredido Nahuel primeiro. Marçal também fez declarações infundadas sobre o uso de drogas por concorrentes, especialmente Boulos.
A Justiça ordenou que Marçal removesse os conteúdos e concedeu direitos de resposta a Boulos. Ricardo Nunes fez um exame toxicológico para provar que não usava drogas, e Boulos admitiu ter experimentado maconha, mas negou o uso de cocaína.
A disputa em São Paulo
Na sexta-feira 4, Marçal divulgou um laudo falso ligando Boulos ao uso de cocaína. A campanha do Psol pediu sua prisão, mas foi negada. A Justiça suspendeu seu perfil no Instagram por 48 horas.
A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Jair Bolsonaro (PL) foi menos expressiva do que o esperado na campanha eleitoral de São Paulo. O petista compareceu a dois comícios, e Bolsonaro disse que Nunes não era seu candidato dos sonhos.
Ricardo Nunes, com sua coligação de 12 partidos, obteve a maior fatia de propaganda eleitoral da história da cidade, com 65% dos blocos de dez minutos. Se passar para o segundo turno, seu tempo de TV será reduzido — um fato inédito.
No protesto de 7 de Setembro, convocado por Bolsonaro, Nunes foi discreto. Marçal chegou ao final do evento, mas acabou barrado.