Considerando todas as urnas do país, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) teve 3.812 votos válidos nas eleições municipais. Para organizar a campanha, a sigla recebeu R$ 3,4 milhões do Fundão Eleitoral, o que equivale a cerca de R$ 897 por voto — a maior média em 2024. Ainda assim, a legenda terminou o pleito sem nenhum candidato eleito.
Ao todo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 36 candidaturas pelo PCB nas eleições de 2024 — ou seja: a média de verba disponível fechou em cerca de R$ 95 mil por candidatura. Esse é outro recorde dessa legenda — a média equivale a quase mil botijões de gás por candidato, a depender da região do Brasil.
Em 2024, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, também conhecido como Fundão Eleitoral, distribuiu R$ 4,9 bilhões. Esse dinheiro sai do bolso do pagador de impostos para os políticos gastarem nas campanhas eleitorais. Os dois partidos que mais receberam verbas foram PL e PT, com R$ 886 milhões e R$ 619 milhões, respectivamente. No top 5, também estão: União Brasil (R$ 536 milhões), PSD (R$ 420 milhões) e PP (R$ 417 milhões).
PCB recebeu verba apenas por existir, e não foi o único
A verba é distribuída obedecendo aos seguintes critérios: 48% é rateada conforme o tamanho da bancada na Câmara, 35% conforme os votos dos deputados federais, 15% de acordo com o número de senadores e 2% igualmente entre todas as legendas. Ou seja, os partidos ganham dinheiro apenas por existir — aliás, nove das 29 siglas registradas no TSE receberam dinheiro apenas por não terem fechado. São os casos de Solidariedade, DC, Mobiliza, PMB, PRTB, PSTU, UP, PCO e PCB.
E o COMPROVANTE IMPRESSO DO VOTO?