O procurador-geral eleitoral interino Paulo Gonet, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Procuradoria-Geral da República (PGR), vendeu a Francisco Mendes, filho do ministro do ministro Gilmar Mendes, sua participação no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Segundo apuração do jornal O Globo, a transação movimentou R$ 12 milhões.
Gonet recebeu o apoio do próprio Gilmar, de quem foi sócio no IDP, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos os magistrados também validaram a indicação de Flávio Dino para uma vaga na Suprema Corte.
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O IDP oferece cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de Direito, administração pública e economia. Gilmar e Gonet fundaram o instituto em 1998 e mantiveram a parceria até agosto de 2017. Naquele ano, Gonet vendeu sua parte no negócio para Francisco Mendes, 38 anos, filho de Gilmar e atual gestor do IDP.
Segundo O Globo, a compra de Francisco ocorreu no mesmo dia em que o banco Bradesco emprestou R$ 26 milhões ao IDP. Conforme a apuração, os juros que o banco cobrou foram, na média, a metade das taxas que costumava praticar no mês da venda, ou seja, agosto de 2017.
Paulo Gonet é a escolha de Lula para o comando da Procuradoria-Geral da República
Na tarde desta segunda-feira, o chefe do Executivo anunciou Gonet para o cargo de procurador-geral da República. A escolha de Gonet se dá depois de dois meses do fim do mandato de Augusto Aras à frente da PGR. Desde o fim de setembro, a função vinha sendo ocupada de forma interina por Elizeta Ramos.
Para assumir o comando da PGR, Gonet terá de passar por duas etapas no Senado. Inicialmente, a indicação irá à votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Posteriormente, o nome dele irá para análise do plenário. Se aprovado pela maioria, assumirá o Ministério Público Federal pelos próximos dois anos. Em caso de rejeição, Lula terá de indicar uma outra pessoa.
ERRO: logo no primeiro parágrafo há uma repetição desnecessária “do ministro do ministro”.