A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) afirmou que a direita está conseguindo ocupar mais espaço na Câmara dos Deputados. Depois que ela assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pautas conservadoras avançaram no Parlamento. “Algo que não ocorria antes”, afirma a parlamentar.
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Em entrevista à edição desta sexta-feira, 13, do Jornal da Oeste, De Toni disse que 2024 foi um ano positivo para a oposição. “Fechamos com chave de ouro.”
Propostas aprovadas na CCJ da Câmara dos Deputados
Uma das propostas aprovadas, por exemplo, foi o projeto de lei que permite o uso de força própria ou policial para retirar invasores de terra de propriedades rurais. Se aprovado no plenário da Casa, o proprietário não precisará de ordem judicial para expulsá-los.
Outro projeto aprovado foi o que estabelece o voto impresso no Brasil e torna obrigatória a verificação da urna eletrônica. O texto também proíbe a adoção do voto puramente eletrônico. Para virar lei, no entanto, a proposta precisa ser aprovada pelos plenários da Câmara e do Senado.
Para isso, contudo, é necessário um alinhamento entre os parlamentares e os presidentes das duas Casas. Caroline de Toni lembrou que a direita apoiou o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados.
Apoio de Lira aos parlamentares de direita
Lira, segundo ela, foi fundamental para que a oposição conseguisse importantes comissões no Parlamento, como a CCJ. Isso, de acordo com ela, fez com que a direita assumisse protagonismo.
“Agora, o cenário ideal seria lançarmos um candidato de direita a presidente do Parlamento”, disse Caroline de Toni, ao afirmar que pertence a uma bancada nova, com dificuldades para conquistar a presidência da Casa.
Antes, segundo a deputada, a direita só conseguia “reagir”. “Antes só lutávamos contra as pautas de esquerda, como aborto e drogas”, disse. “Neste ano, entretanto, a oposição conseguiu discutir suas próprias pautas.”