A Polícia Federal (PF) classificou como “assustador” o mercado de vendas de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça do Tocantins. O delegado da PF, Daniel César do Vale, da Delegacia de Combate à Corrupção, disse que o esquema era sofisticado. Clientes buscavam “pacotes” de sentenças corrompidas.
“O mercado de ações judiciais é tão assustador que os potenciais clientes buscam fazer pacotes para os supostos atos de corrupção”, declarou o delegado ao Estado de S. Paulo.
A Operação Máximus resultou no afastamento de cinco desembargadores e quatro juízes de primeiro grau. As investigações revelaram que magistrados estavam envolvidos no pagamento de propinas, com a troca de favores em processos judiciais.
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As investigações concentram-se na presidente da Corte estadual, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, e na vice-presidente, Ângela Maria Ribeiro Prudente. Além delas, a PF também investiga os desembargadores Helvécio de Brito Maia Neto, Angela Issa Haonat e João Rigo Guimarães, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.
Operação deflagrada pela PF prendeu dois
A PF deflagrou a operação em agosto, o que resultou na prisão de duas pessoas, entre elas Thales André Pereira Maia, filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, e o advogado Thiago Sulino de Castro, que, conforme as investigações, mantinha vínculos com o gabinete de uma desembargadora.
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O judiciário está podre de corruptos