A Polícia Federal (PF) conduz uma investigação sobre a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney. Ela é suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
Conforme o relatório final da Operação 18 Minutos, Nelma teria lavado dinheiro por meio de gastos excessivos com seu cartão de crédito.
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Em 2022, os gastos dela com o cartão de crédito totalizaram R$ 504 mil, com uma média mensal de R$ 42 mil. Esse valor ultrapassa o teto salarial do funcionalismo público, fixado em R$ 44 mil brutos, ou aproximadamente R$ 32 mil líquidos. A remuneração líquida de Nelma naquele ano foi de R$ 425 mil, conforme indicado pelo Portal da Transparência.
Suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro
![PF analisou os gastos de Nelma Sarney no cartão de crédito](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/02/Gastos-de-Nelma-Sarney-no-cartao-de-credito-chamaram-a-atencao-da-Policia-Federal.jpg)
A diferença entre os valores gastos e os declarados levantou suspeitas de lavagem de dinheiro de corrupção. Nelma está afastada do TJMA há um ano, antes mesmo da deflagração da Operação 18 Minutos. A desembargadora já foi acusada de beneficiar um ex-assessor em um concurso de cartórios no Maranhão.
O relatório da PF afirma que “é possível inferir que a sua despesa com cartão de crédito pode ter sido paga com recursos de origem ilícita, o que configura modalidade de lavagem de dinheiro”.
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A investigação também revela que Nelma estaria envolvida em uma organização criminosa responsável por fraudes em processos judiciais. A conduta resultou na retirada de quase R$ 18 milhões do Banco do Nordeste para pagamento de honorários advocatícios.
Incompatibilidade financeira e fraudes
Uma análise financeira da PF revelou que os gastos de Nelma, de 2015 a 2022, eram incompatíveis com suas declarações de patrimônio. Em 2015, por exemplo, ela gastou cerca de R$ 360 mil no cartão, com padrões semelhantes nos anos subsequentes. Além disso, a corporação identificou mais de 110 depósitos sem origem identificável na conta da desembargadora, no valor total de R$ 412,6 mil.
Durante seu mandato como corregedora-geral do TJMA em 2015, Nelma editou portarias rapidamente para designar magistrados a casos de interesse da organização criminosa.
![Conversas recuperadas pela Polícia Federal entre Nelma e o genro](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/02/Conversas-recuperadas-pela-Policia-Federal-entre-Nelma-e-o-genro.jpg)
Ela teria nomeado a juíza Alice Rocha, também sob investigação, para um processo que resultou na condenação do Banco do Nordeste ao pagamento de mais de R$ 14 milhões.
A PF recuperou conversas via WhatsApp entre Nelma e seu genro, o ex-deputado Edilázio Júnior (PSD-MA), sobre questões judiciais relacionadas ao Banco do Nordeste. A polícia, que anexou os registros dessas conversas nos autos, entende haver influência de Edilázio sobre Nelma.
Há que se ter muita cautela no juízo de valor quando se trata de tisnar a honra, a dignidadade e a reputação das pessoas. Aguardemos o contraditório da eminente desembargadora, e a sentença penal condenatória transitada em julgado para, só então, tirarmos a nossa conclusão sobre as graves imputações que se lhe fazem.
Estou estupefato! Nunca imaginei que um membro dessa família e desse estado pujante poderia estar envolto em ilícitos.
Onde, onde??? No “velho oeste” do Maranhão… haja mocinho prá tanto(a) bandido(a)!!!
Não vai dar em p**** nenhuma. Pais de impunidade para os amigos dos amigos.
pura perda de tempo, será beneficiada com anulação de provas, ou qualquer outro recurso que aquela juntada de ditadores “adevogados” incompetentes podem utilizar… e ainda deveremos indeniza-la por ter sido exposta… em defesa da democracia.
Tendo Sarney no Sobrenome, não tenho a menor dúvida detas aberrações.
Cuidado que podem chegar nos melhores políticos das galáxias…. O Dino e Vovô Sarney.