Augusto Aras quer apurar se foram cometidos crimes de falsidade ideológica, coação, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva privilegiada, entre outros
O Procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu, nesta sexta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigue as declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro sobre possíveis interferências políticas do presidente Jair Bolsonaro em investigações da Polícia Federal.
Crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução da Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra estão na mira de Aras, que afirmou que tanto Moro quanto Bolsonaro serão alvos do inquérito. O procurador deseja, inclusive, que o ex-ministro preste depoimento para explicar as denúncias que fez em sua saída.
“A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, escreveu Aras. E prosseguiu: “Indica-se, como diligência inicial, a oitiva de Sergio Fernando Moro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão”.
Indicado por Bolsonaro, Augusto Aras vem sendo cobrado por procuradores e subprocuradores por não conseguir controlar os excessos cometidos pelo governo federal. Apenas no discurso de demissão de Moro, os pares da PGR apontaram sete possíveis crimes do presidente, o que levou Aras a levar o caso ao STF.
Ainda nesta semana, ele já havia recorrido ao Supremo para investigar manifestações antidemocráticas ocorridas no domingo 19 de abril, nas quais Bolsonaro tomou parte.
O que o Moro fez, foi dar munição ao PT, que entrará firme e forte no STF, com pedido para cancelar as sentenças do então Juiz Sérgio Moro, por ter sido parcial na condenação do Lularápio, é o que vão alegar.
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