O Partido Liberal (PL) indicou, nesta quarta-feira, 6, os cinco nomes que vão presidir as comissões permanentes da Câmara dos Deputados, sob seu comando, e gerou um mal-estar com a ala governista. Conforme apurou Oeste, membros do governo quiseram adiar a instalação das comissões para a próxima semana. Contudo, a ação não deve surtir efeito.
Os nomes indicados pelo partido, são: Caroline de Toni (Comissão de Constituição e Justiça), Nikolas Ferreira (Comissão de Educação), Alberto Fraga (Comissão de Segurança Pública), Pastor Eurico (Comissão da Família) e Antônio Carlos (Comissão do Esporte).
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“Se o governo não resolver o problema, fica parado”, disse o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sobre a possibilidade de adiar a instalação dos colegiados, a Oeste. “Se o governo se incomodou com isso, fizemos o nosso papel.”
Os nomes de Nikolas e de Caroline foram os que sofreram mais resistência com a base governista. Há pouco, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu com líderes na Casa para definir os rumos da instalação do colegiado.
Depois do encontro, o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), reafirmou que o PL não cedeu às indicações e que a ala governista resolveu “pacificar”.
“Vamos indicar o vice, o PT vai indicar o vice da Comissão de Educação”, disse. “Para atenuar essas tensões todas, nós temos compromisso do líder [do PL] Altineu de não criar nenhuma dificuldade nas políticas.”
O PT vai comandar a comissão com a maior verba da Casa, Comissão de Saúde, com R$ 4,4 bilhões. Desse modo, no acordo, o PL ficou com a vice-presidência do colegiado. Já a CCJ deve ter a vice-presidência também ocupada por um nome do PL, podendo ser a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ).