Somando as quatro fases dos grupos prioritários, o plano prevê 108 milhões de doses
O governo federal entregou neste sábado, 12, ao Supremo Tribunal Federal, o plano nacional de imunização contra a covid-19. O documento de 96 páginas detalha como deve ser a vacinação no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, o país já garantiu 300 milhões de doses de imunizantes. Além de participar do consórcio Covax Facility, da OMS, que tem 9 vacinas no portfólio, o ministério tem acordos com a AstraZeneca/Oxford e a Pfizer.
Leia mais: União Europeia discute vacinação conjunta
O documento tem o título de “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19” e foi anexado às ações no STF sobre o tema. A Anvisa ainda não aprovou nenhuma vacina.
“A interrupção da circulação da covid-19 no território nacional depende de uma vacina altamente eficaz sendo administrada em parcela expressiva da população (>70%). Em um momento inicial, onde não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial, o objetivo principal da vacinação é contribuir para a redução de morbidade e mortalidade pela covid-19, de forma que existe a necessidade de se estabelecer grupos prioritários”, diz o documento.
Primeira fase:
- Trabalhadores de saúde
- Pessoas a partir de 80 anos
- Pessoas de 75 a 79 anos de idade:
- Pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas (exemplo: casas de repouso)
- Indígenas
Somando as quatro fases dos grupos prioritários, o plano prevê 108,3 milhões de doses.
O Ministério da Sáude incluiu a CoronaVac, vacina produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, como uma das 13 vacinas na fase 3 de testes que têm “previsão de aquisição pelo Ministério da Saúde”.
Após receber o plano, o ministro Ricardo Lewandowski, relator de uma ação sobre o tema no STF, determinou que se dê “ampla publicidade” ao plano e pediu que as ações sejam retiradas da pauta do plenário da Corte “para melhor exame”.
O ministro também determinou que o documento seja encaminhado ao Congresso Nacional.
Agora sim está nas mãos de gente preparada.
Que melhor documento poderia ter sido oferecido pelo Ministério da Saúde para um irritante STF movido a inúteis partidos políticos, quando ainda sequer tem vacinas plenamente testadas e aprovadas pela ANVISA?
Lamento que cientistas que participaram do relatório, o condenem por não ter participado da redação final. Que redação final querem?
Quem viu o que disse o responsável diretor da ANVISA ontem a noite, não precisa ser muito inteligente para entender que sequer existe solicitação de nenhum dos fornecedores da vacinas para analise e aprovação emergencial, e que vacinas aprovadas em caráter emergencial por grandes institutos internacionais como a PFIZER no FDA poderão ser viabilizadas no país, desde que solicitem a ANVISA. Simples assim.
Como então oferecer datas para vacinação? Só mesmo o insano e fracassado candidato a presidente Doria (já apoiei) para criar esse tumulto com tão séria pandemia. Isso sim é grave e irresponsável. Coisas de marqueteiro, e pior seguido por celebridades científicas.
Prezado Afonso Marangoni. O documento enviado ao STF NÃO é o mesmo que foi elaborado em conjunto por 36 cientistas em conjunto com técnicos do próprio Ministério da Saúde. Ontem – sábado – à noite os cientistas divulgaram Nota informando que não participaram da elaboração e redação final do Plano apesar de seus nomes terem sido citados pelo Governo no documento. Também informam- e isso é gravíssimo- que o Ministério da Saúde alterou o Plano original elaborado sem consultar os cientistas . Dessa forma, acredito que esta notícia carece de atualização, pois houve um erro proposital grave do Governo que pode ser caracterizado como “falsidade ideológica” cometida por agente público ao alterar dolosamente um documento produzido por outrem.
Só não entendo porque o governo tem que prestar conta ao STF. O quê esta corte de medíocres entende de vacinação?
👏🏻👏🏻👏🏻