A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre as ações do grupo terrorista Hezbollah no Brasil. Segundo a corporação, dois sírios naturalizados brasileiros recrutavam pessoas para atuar em ataques terroristas pelo grupo Hezbollah.
Os investigados são Mohamad Khir Abdulmajid e Lucas Passos Lima. Eles recrutaram três brasileiros para o Líbano, base do grupo radical islâmico, segundo a Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Polícia Federal.
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A Justiça Federal, depois de receber informações da PF, transformou a prisão temporária dos dois brasileiros em preventiva, isto é, sem prazo para acabar. Isso porque Mohamed e Lucas Passos foram responsáveis por criar uma rede nacional ligada ao grupo terrorista estrangeiro.
A mudança no regime de prisão é uma prevenção de possível “continuidade aos preparatórios de terrorismo já iniciados”, destacou a juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima. A alteração foi feita com base no inquérito e pedido da PF, pela 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte.
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No Líbano, os brasileiros tinham passagens pagas, hospedagem em hotéis de luxo e presentes caros, além de receberem dinheiro, segundo depoimentos dos acusados.
Outros recrutadores do Hezbollah são soltos em Operação Trapiche
Na Operação Trapiche, que apura recrutamento de brasileiros pelo grupo extremista Hezbollah, a Polícia Federal soltou dois acusados porque colaboraram com as investigações, repassando informações e imagens.
Um deles prestou depoimento há duas semanas, em uma oitiva com mudança de versão, e confirmou que recebeu proposta de US$ 100 mil (cerca de R$ 550 mil) para matar pessoas.
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O investigado era um músico carioca, que negou ao ser interpelado no Líbano se fazia parte de alguma facção criminosa e se seria capaz de cometer assassinatos. O homem relatou no depoimento que respondeu às abordagens sempre negativamente.
Ainda, o músico relatou em depoimento obtido pela CNN que, em uma das ocasiões, um indivíduo perguntou se ele “não seria capaz de matar mesmo por muito dinheiro, por US$ 100 mil ou mais”, no que ele respondeu “novamente que não”.
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As abordagens teriam sido feitas por pessoas ligadas ao grupo e aponta Mohamad Khir Abdulmajid como o principal elo do Hezbollah no Brasil. Atualmente, ele está foragido.
Mohamed, o líder foragido, é o alvo principal da Polícia Federal
Mohamad Khir Abdulmajid está foragido na Difusão Vermelha da Interpol. A PF suspeita que ele fugiu do Brasil para o Líbano no fim de outubro. Por isso, houve o pedido de inclusão do nome dele entre foragidos internacionais.
Já Lucas Lima foi preso no Aeroporto de Guarulhos ao voltar de uma viagem a Beirute. Com ele, a PF apreendeu US$ 5 mil (cerca de R$ 25 mil). A origem do dinheiro está sob investigação.
O grupo é suspeito de integração e prestação de auxílio à organização terrorista, bem como de praticar de atos preparatórios de terrorismo. Todos esses fatos configurariam os crimes previstos na Lei Antiterrorismo.
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O musico carioca recusou 100 mil dolares para matar pessoas. Se o agente do Hezbollah tivesse ido em uma favela, teria encontrado muitos candidatos interessados no emprego.
Rogo para que essa ação da PF possa impedir que esses terroristas venham a compor as fileiras da GUARDA NACIONAL BOLIVARIANA DO BR, juntamente com os demais candidatos treinados do PCC, CV, e demais franquias do narco-tráfico no BR, Portugal e Espanha.
A massive soltura de chefes do Narco nos últimos meses no BR aponta discriminação no trato de criminosos, visto que somente chefes de milícias tem sido presos ou mortos.