Nesta terça-feira, 3, uma operação que investiga crimes na concessão de serviços funerários em Criciúma, no sul de Santa Catarina, resultou na prisão preventiva de dez pessoas.
Entre os detidos está o prefeito Clésio Salvaro (PSD). A administração municipal informou que está reunida para elaborar um posicionamento oficial. Prisões também ocorreram em Jaraguá do Sul, São José e Florianópolis.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os envolvidos foram denunciados por organização criminosa, fraudes licitatórias, corrupção e outros crimes. O grupo investigado inclui empresários e agentes públicos.
A operação desta manhã é a segunda fase da Operação Caronte, que começou em 5 de agosto. Na primeira fase, houve buscas na Prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito, com sete mandados de prisão por um suposto esquema no serviço funerário.
A operação
Nesta quarta-feira, os alvos são servidores da Secretaria de Assistência Social, empresários e um funcionário de empresa. Confira a lista:
- Juliane Abel Barchinski – servidora da secretaria de Assistência Social de Criciúma
- Juliano da Silva Deolindo – advogado da secretaria de Assistência Social;
- Fábio André Leier – administrador de uma das empresas investigadas;
- Guilherme Mendonça – empresário de Jaraguá do Sul;
- Gilberto Machado Júnior – empresário de São José;
- Eduardo D’Avila – gerente de empresa;
- Luiz Henrique Cavali – gerente de empresa;
- Helio da Rosa Monteiro – empresário;
- Henrique Monteiro – empresário.
O que diz o prefeito de Criciúma
Em um vídeo divulgado pela equipe do político logo depois da confirmação da prisão, Salvaro disse que um dos seus grandes projetos era regularizar a central funerária da cidade. Ele negou envolvimento em crimes e mencionou questões políticas.
“Eu tenho certeza da minha inocência”, disse, em vídeo. “Jamais, em momento algum e o processo vai ficar livre. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada, nada, nada que possa me incriminar.”
O partido de Salvaro, o PSD, também divulgou nota em que se manifesta sobre a prisão:
“O PSD de Santa Catarina e o PSD de Criciúma acompanham com atenção a prisão de um dos seus grandes líderes, Prefeito Clésio Salvaro, com uma administração muito bem avaliada pela população”, afirma a sigla. “O ato ocorre faltando poucos dias para a eleição municipal. Não queremos crer em qualquer interferência política nesta decisão, o Partido aguarda e confia na justiça em todas suas instâncias.“
Já a Prefeitura de Criciúma informou, por meio de nota, que não foi comunicada oficialmente acerca dos fatos veiculados na mídia sobre a prisão do prefeito. “Maiores informações advirão conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), acionar o Município”, afirmou.
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