Polícia Civil de SP apura supostas fraudes em contrato de R$ 3,3 milhões para administração de hospital de campanha; Átila Jacomussi está sendo investigado
A Polícia Civil de São Paulo deu início na manhã de hoje a mais um capítulo do chamado Covidão. Os agentes investigam supostas fraudes e demais irregularidades em contrato de R$ 3,3 milhões, para administração do hospital de campanha de Mauá, no ABC paulista.
O prefeito do município, Átila Jacomussi (PSB-SP), e o secretário de Saúde, Luis Casarin, estariam envolvidos em negociatas. Na operação, as autoridades cumpriram mandados de busca na residência de Átila. Lá, foram apreendidos um celular, um tablet e um computador.
Os policiais estiveram ainda em outros lugares. Assim sendo, a prefeitura, o gabinete do secretário Casarin, o setor de licitações do município de Mauá e endereços ligados à organização social Atlantic mais a empresa Ocean Serviços Médicos foram visitados.
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De acordo com a Justiça, há indícios de ilegalidades na contratação emergencial pelo município de Mauá da organização social Atlantic. A empresa é responsável pela gestão e operacionalização do hospital de campanha construído em razão da pandemia de coronavírus.
O valor da contratação é de R$ 3,3 milhões, para o prazo de 90 dias. Realizadas em São Paulo, Barueri, Jundiaí e Mauá, as ordens de busca foram expedidas pelo desembargador Marcelo Gordo, da 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
No entanto, o prefeito nega as acusações.
Antecedentes
No passado, Átila foi afastado da prefeitura, depois de ser cassado pela Câmara municipal. Contudo, retornou ao cargo beneficiado por uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes em setembro de 2019.
Em maio do mesmo ano, ele foi preso no âmbito da Operação Prato Feito, da Polícia Federal. Sendo assim, a Justiça apura desvio de verbas públicas em contratos firmados com o município para fornecimento de merenda escolar.
Como que o Gilmar Mendes, manda recolocar no cargo um prefeito cassado pela câmara de vereadores. Pois é o Legislativo que decide a cassação ou não é. Está aí mais um exemplo de interferência do poder judiciário no poder legislativo e executivo.