O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, recebeu nesta segunda-feira, 10, o Colar de Honra ao Mérito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A sessão solene ocorreu no Plenário Presidente Juscelino Kubitschek. Trata-se da maior honraria do Poder Legislativo paulista.
O deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) foi o responsável pela indicação de Campos Neto para a entrega da medalha. A homenagem é feita para pessoas que tenham contribuído com o desenvolvimento social, cultural ou econômico de São Paulo.
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Estavam presentes parlamentares, presidentes de bancos e outras autoridades políticas. Confira alguns nomes que compareceram ao evento:
- Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo);
- André do Prado (presidente da Alesp);
- Ricardo Nunes (prefeito da capital paulista);
- Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União);
- Fernando Antônio Torres Garcia (presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo);
- Caio Mario Paes de Andrade (secretário estadual de gestão e governo digital de São Paulo);
- Guto Zacarias (deputado estadual/União);
- Leonardo Siqueira (deputado estadual/Partido Novo);
- Eduardo Suplicy (deputado estadual/PT); e
- Gilberto Nascimento (deputado federal/PSD-SP).
O presidente do Banco Central começou o discurso agradecendo sua família. Afirmou que, sem o apoio da mulher, não teria atingido nenhum objetivo na carreira. Ele também reiterou a importância do empreendedorismo para o crescimento do Brasil.
“O verdadeiro homenageado deveria ser vocês, que estão no dia a dia empreendendo, gerando emprego, tomando risco”, disse Roberto Campos Neto. “Nosso trabalho do lado de cá deveria fazer a vida de vocês mais fácil. Deveria dar previsibilidade. Deveria fazer com que o Estado fosse o mínimo suficiente, mas o mínimo suficiente para ser indutor de desenvolvimento, gerando previsibilidade e credibilidade.”
Abduch e Tarcísio elogiam o presidente do Banco Central
Roberto Campos, avô do homenageado, foi mencionado no discurso de Abduch. O deputado relembrou a atuação do economista e diplomata durante a Guerra Fria e ressaltou a importância de um posicionamento firme na hora de tomar decisões.
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“Hoje vemos que o presidente do Banco Central autônomo é criticado justamente pelos erros que não cometeu”, declarou o deputado. “Assim como fizeram com o seu avô.”
Tarcísio relembrou do tempo em que trabalhou com Campos Neto durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O atual governador de São Paulo liderou o Ministério da Infraestrutura de 2019 a 2022.
“Roberto Campos é um desses caras completamente fora da curva”, afirmou o governador. “Ele se destaca pela densidade e pela competência técnica. Quando a gente tinha reunião no ministério e ele fazia suas explicações, eu fazia questão de anotar tudo o que ele falava para tentar aprender alguma coisa. A gente sempre tinha uma aula.”
Tarcísio destacou a precisão de Roberto Campos Neto em lidar com números e estatísticas. Afirmou que sempre consultava o presidente do Banco Central para entender previsões e expectativas do mercado.
“Muito pouca gente sabe o tanto que ele se importava com tudo”, relatou o governador. “Responsável pela política monetária, mas estava sempre preocupado com o fiscal, sempre preocupado em dar bons conselhos. Preocupado, por exemplo, com a questão das vacinas. Poucos sabem, mas o Brasil fechou acordo com a Pfizer porque o Roberto Campos intermediou.”
Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste. Sob supervisão de Anderson Scardoelli
Eu trabalhei nas campanhas políticas do avô e ele sempre me falava da inteligência do neto ! Ele , como presidente do Banco Central , se mostrou melhor do que a encomenda ! Um dos melhores economistas brasileiros !