O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) enfrenta um período de intensos conflitos internos, com divisões sobre o apoio incondicional ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essas divergências, trazidas a público em reportagem do portal UOL, evidenciam uma clara separação entre duas correntes de pensamento dentro da legenda.
A ala majoritária, liderada pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), defende o apoio a Lula. Para ela, apesar de o petista ter suas contradições, ele é a melhor alternativa para enfrentar o ex-presidente Jair Bolsonaro e a direita.
Conforme o UOL, sete parlamentares, além de Boulos, concordam com esse argumento: Célia Xakriabá (MG), Erika Hilton (SP), Ivan Valente (SP), Luciene Cavalcante (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ), Talíria Petrone (RJ) e Tarcísio Motta (RJ).
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Em contrapartida, a ala minoritária, composta pelos deputados Chico Alencar (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Glauber Braga (RJ), Luiza Erundina (SP) e Sâmia Bomfim (SP), critica essa postura. Essa parte do Psol alega que isso representa um desvio dos princípios socialistas do partido.
Conflitos internos do Psol

Os desentendimentos tornaram-se públicos, com troca de insultos e acusações por parlamentares. Em entrevistas, termos como “mentiroso” e “palhaço” têm sido utilizados, o que reflete a crescente animosidade entre as alas do partido.
A divisão remonta a uma diferenciação histórica dentro do Psol. A ala liderada por Boulos, com oito deputados, apoia Lula, enquanto a minoria, com cinco parlamentares, acredita que o apoio ao petista é excessivo.
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Glauber Braga (Psol-RJ), um dos principais nomes da ala minoritária, critica a aproximação com o PT e a defesa de medidas fiscais as quais considera “liberais”. Ele se opõe veementemente ao que vê como um afastamento dos princípios ideológicos do Psol e um “abraço da esquerda com a direita liberal”.
Repercussões das eleições
O clima no partido se agravou depois das eleições municipais de 2024, quando o Psol perdeu as cinco prefeituras que conquistou em 2020, incluindo Belém. Essa derrota aumentou as tensões, com a ala minoritária a se ressentir da liderança majoritária, que frequentemente ocupa os cargos mais altos na Câmara dos Deputados.
Além disso, há controvérsias sobre a possibilidade de uma federação com o PT, vista pela minoria como uma estratégia de Boulos para alavancar sua carreira política.
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Braga chegou a propor uma discussão sobre sua desfiliação, mas não encontrou apoio significativo de outros parlamentares. Fernanda Melchionna, integrante da ala minoritária, afirmou que permanecerá no partido.
Acusações e negações entre as alas

Os aliados de Boulos refutam as acusações de que ele esteja pressionando o partido a abandonar seus princípios socialistas. A ala majoritária nega que queira formar uma federação com o PT e acusa a minoria de espalhar fake news.
Enquanto isso, a presidente nacional do Psol, Paula Coradi, mantém-se em silêncio sobre os conflitos, os quais considera “assuntos internos”. A liderança na Câmara lamenta a situação e busca unir os parlamentares.
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Esse cenário é uma continuação de disputas anteriores, com ressentimentos que remontam a 2009, ano em que houve confrontos físicos na convenção do partido.
Esse partido é um nojo, todos bandidos, que se explodam e não sobre nenhum.
Esse partido é um nojo, todos bandidos, que se explodam e não sobre nenhum.
Que se matem.. Aqui torcendo pela briga dessa gentálha!
Que todos torrem no inferno e torço pela briga!
Armam os dois lados e para o bem do Brasil se não sobrar ninguém, vitória do bem .
O PSOL possui a ala majoritaria que é pró GLOBALISMO EUROPEU que mama no macrom e outra minoritaria que é pró NACIONALISMO que defende as raizes como o PCO.
Eles se merecem. Que pratiquem a autofagia.
Entre uma e outra ala do PSOL, eu torço é pela briga. Kkkkkkkk. Pegando a pipoca, o guaraná e acomodando o popozão na poltrona pra assisitir.
Entre a esquerda, isso não são xingamentos nem ofensas. Muito pelo contrário, são elógios do mais alto nível.
Espero que se devorem uns aos outros.